MARCOS COIMBRA: PSDB CORRE O RISCO DE ACABAR
Sociólogo Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi, projeta o cenário eleitoral de 2018 e considera que o PSDB iniciou sua derrocada em 2014, quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) questionou o resultado das eleições após ter sido derrotado; “Logo depois o partido apoia e participa do governo Temer, foram vários erros cometidos”, avalia, em entrevista, ao justificar o fraco desempenho da sigla em 2018, com Geraldo Alckmin; “O povo não considera Alckmin apto a governar o País”, avalia
Receba nossas atualizações direto no WhatsApp
Do Brasil 247 – O sociólogo Marcos Coimbra, do instituto de pesquisas Vox Populi, faz uma análise sobre a trajetória do PSDB e conclui que “um dos fatores da derrocada” dos tucanos “foi ter se aliado ao governo Temer”. Ele diz que a sigla “está perto de acabar”.
Um dos maiores especialista em pesquisas e cenários eleitorais no Brasil, Coimbra relembra os primórdios do PSDB, nos anos 80, quando o partido tinha um vinculo forte à social- democracia, lema que carrega em sua sigla. “Havia filiados progressistas, pessoas que lutaram na ditadura, o que foi mudando com o tempo”, conta.
Ele acredita que o PSDB perdeu a capacidade de ser o principal personagem do antipetismo. “O modo como o PSDB se comportou no pleito eleitoral de 2014, o envolvimento na deposição da ex-presidente Dilma e a participação no governo Temer enfraqueceu a sigla como a principal oposição ao petismo”, observa.
O sociólogo sustenta que a derrocada do PSDB abre brechas na ascensão de Jair Bolsonaro, e o presidenciável pelo PSL consolida-se como principal oposição ao petismo. “É algo compreensível, se for para ser contra o PT, melhor ter um direitista radial do que a posposta vaga e fluida que o PSDB se tornou”, observa, reproduzindo o pensamento de parcelas do eleitorado.
Para Coimbra, o candidato do partido, Geraldo Alckmin, não é mais considerado pelo povo apto a administrar o País. “É só analisar os números. O fato de ele ter em São Paulo 20% das intenções de voto é a maior evidência de que, nacionalmente, não terá destaque algum”, acredita.
“O PSDB fez tudo errado nos últimos anos, é natural que o eleitor, que foi abandonado pelo caminho, reaja a isso”, completa Coimbra, explicando os fatores de os tucanos desempenharem um papel fraco nas eleições de 2018.
BOLSONARO
Discorrendo sobre o fenômeno Bolsonaro, Coimbra explica que “o candidato de extrema-direita pretende representar o eleitor de baixa classe-média, classes médias tradicionais, conservadoras em termos de costumes e que consideram a vida pior por conta dos governos de esquerda”.
“Bolsonaro não é um candidato fácil”, declara, argumentando que o candidato do PSL não é somente um fator político-ideológico, mas também um fenômeno social.
TRANSFERÊNCIA DE VOTOS
Questionado sobre o potencial de transferência de voto do ex-presidente Lula, caso o petista tenha seu registro cassado e indique seu vice, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Coimbra cita as eleições de 2010 como referência. “Naquele momento, o povo não queria saber muito dos atributos de Dilma Rousseff, mas sim quem era a candidata de Lula”, afirma.
NAS REDES SOCIAIS
Receba nossas atualizações no WhatsApp
Subscreva Et Urbs Magna no Youtube
Curta Et Urbs Magna no Facebook
Grupo no Facebook PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO