O fim da Lava Jato: Delegados acusam colegas de destruição de provas – operação naufraga
30/09/2019O delegado da Polícia Federal, Mario Renato Castanheira Fanton, que chegou a atuar em investigações inciais da operação Lava Jato, faz uma denúncia, com provas, que são realmente graves
Fanton era responsável pelo inquérito que investigava se havia um conluio de delegados da PF para construir dossiês contrários à operação, quando houve um desentendimento entre ele e seus colegas de Lava Jato.
A motivação do desentendimento, segundo Fanton, foi por pedidos de destruição de provas que teria recebido de seus colegas. Os pedidos de destruição foram referentes ao descobrimento da realização de dois grampos ilegais, tanto na cela de Alberto Youssef, quanto na área de fumantes, no segundo andar da PF.
Em agosto de 2019, por causa desse documento e de outros emails, a força-tarefa da Lava Jato denunciou Fanton e outros integrantes da PF sob a justificativa de que eles divulgaram a terceiros, inclusive um ex-presidente do sindicato dos policiais federais do Paraná, informações que estavam sob sigilo.
O fato demonstra que houve divergências internas quanto aos métodos utilizados pela antes sacrossanta operação Lava Jato e que essas pessoas que buscaram a legalidade, foram tratoradas por colegas de instituição que puseram as convicções à frente da lei.