O casamento de Zero Três, em Santa Teresa, Rio, sob protestos e esquema armado

Eduardo Bolsonaro se casa no Rio sob protestos e forte esquema de segurança – Moradores de Santa Teresa se manifestaram em frente ao local do matrimônio do terceiro filho do presidente

RIO DE JANEIRO

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se casou no fim da tarde deste sábado (25) com a psicóloga Heloísa Wolf. A cerimônia foi realizada às 17h na Casa de Santa Teresa, localizada no bairro de mesmo nome no Rio de Janeiro.

O bairro contava com um forte esquema de segurança, com agentes da Polícia Federal e da Polícia do Exército ao longo das ladeiras que dão acesso ao cerimonial.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou à cerimônia às 16h15. A partir desse horário, a polícia começou a restringir o acesso de carros. Alguns convidados subiram a pé a última parte da via até a festa.

A partir das 16h, moradores de um condomínio localizado perto da Casa de Santa Teresa se organizaram para realizar um protesto durante o casamento.

O condomínio fica na ladeira acima da casa onde a festa é realizada. Os moradores penduraram bandeiras negras nas janelas e gritavam “Fora Bolsonaro” e “Quem Matou Marielle?” à medida que os convidados chegavam à festa.

Um dos apartamentos tocava em uma caixa de som músicas de protesto, como “Para Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré, “Apesar de Você”, de Chico Buarque” e “Como Nossos Pais”, de Elis Regina.

A síndica Sandra Gonçalves de Oliveira disse que a principal motivação dos moradores é política. “Aqui a maioria é contra Bolsonaro porque ele é um racista, misógino e preconceituoso”, afirmou.

Outro motivo que mobilizou os moradores, segundo ela, foi o que chamou de “mutirão” de limpeza feito no bairro às vésperas do evento.

“Aqui a gente costuma brincar que se são Pedro der um espirro acaba a luz. A gente fica sem luz pelo menos três vezes por semana. As ruas de acesso são imundas, tem até porcos. Mas hoje está tudo lindo, perfeito”, disse.

A mesma reclamação foi feita por Jorge Fernandes, outro morador do prédio.

“O bairro está largado há algum tempo, estava sem iluminação pública há mais de um ano e meio e o que a gente percebeu foi uma força-tarefa para melhorar iluminação e limpeza às vésperas do evento” , disse.

Ele também ressaltou que o bairro é considerado progressista. “É uma ousadia ele fazer o evento aqui em Santa Teresa.”

via Folha de São Paulo

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