O Brasil e a Bolha Imobiliária

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compartilhar no facebookRumores sobre a existência de uma enorme bolha imobiliária no Brasil surgem na internet, mas ainda é um assunto ‘delicado’ para ser encarado pelas grandes mídias da
Banânia.

capture-20140127-223619Mais uma vez, a revista SUPERINTERESSANTE chama a atenção dos leitores com uma publicação tremendamente sensacionalista postando, em sua página online, uma manchete sobre a tão comentada previsão de uma gigantesca bolha imobiliária brasileira. Mas uma parte das pessoas que opinam nas redes sociais diz que o Brasil não sofrerá com sequelas deste mal econômico pois suas consequencias serão brandas e controladas, uma vez que o endividamento é limitado a apenas um imóvel, diferente da bolha dos EUA em 2008 que estourou com americanos comprando três imóveis em média.

A revista faz uma comparação da nossa (bolha) com a do Japão ocorrida entre 1985 e 1991 que elevou os preços dos imóveis em 180%, triplicando os valores em seis anos, ressaltando que por aqui, desde 2008, a média foi de até 225% (Rio de Janeiro), ou seja, a maior bolha imobiliária da história do mundo.  Mas SuperInteressante também adverte que isso pode ser um reajuste natural de um Brasil que viveu uma hiperinflação, estagnação e sarneyzação – o que manteve o valor dos imóveis baixos em relação aos “países nobres”. A RSI avalia que em Tóquio de 85 um imóvel era comercializado a R$28mil/m³, após o Japão já ter passado por um crescimento e sua renda média por habitante superar a dos EUA. Com o Yene valorizando demais o governo imprimiu mais papel moeda numa tentativa de reduzir sua alta, mantendo os juros em 0%. O mercado, então, pegou fogo com tanto crédito. Nos seis anos seguintes os valores subiram para R$80mil/m³ em média, com picos de R$2mi/m³ em algumas regiões, o que violava demasiadamente a realidade. 

capture-20140127-170608A RSI fala que, por aqui, os preços dos imóveis são surreais chegando à assustadora média de R$100mil/m³ e cita vários exemplos antes de concluir que este valor ainda é uma migalha comparada aos preços mais altos do Japão de 30 anos atrás. Cita que o Rio de Janeiro tem um PIB de US$130bi e que, por isso, uma parte dos preços surreais são uma adequação à realidade, não significando que a bolha não exista, pois sua maior evidência é o fato de que a unidade básica da economia imobiliária adotou o ‘milhão’ em suas negociações, mesmo levando-se em conta que a renda média do 1% mais rico do país é de R$18mil. Segundo a RSI, Robert Shiller – Nobel de Economia ao prever a bolha de 2006 nos EUA – afirma que o Brasil tem uma pequena fração de 0,01% de endinheirados que está inflando nossa bolha ao comprar imóveis e reajustá-los na revenda em um jogo muito arriscado, pois seu mercado é pequeno demais para sustentar tamanha alta. “Os preços só sobem, sobem, sobem… Isso é apenas entusiasmo” disse o economista.

Mas por falar na terra do sol nascente, a renda média elevada de seu povo fazia com que a aquisição de uma moradia há 30 anos atrás fosse menos dramática do que hoje na Banânia, onde um pai de família que ganha R$2mil tem que se matar para pagar mil reais de prestação em 35 anos, o que em alguns casos pode ser até o fim da vida. Em São Paulo, por exemplo, a média é de uma mensalidade de R$2,5mil. A Cidade também tem áreas favelizadas onde os imóveis ultrapassam R$100mil. E, na loucura do mercado de imóveis, os corretores (que são muitos, mas muitos mesmo) invadem a privacidade de milhões de internautas para divulgar seus negócios, e quando descobrem um possível cliente bombardeiam-no com ligações telefônicas e lançam ofertas ‘irrecusáveis’. A quantidade de anúncios de imóveis pendurados em postes nas ruas é inédita. Indicativos da bolha? Quem quer vender um imóvel avaliado por um corretor acaba demorando para vender. Grandes construtoras vendem seus imóveis novos porque os investidores que tem muito dinheiro compram deles. Mas imóveis usados não têm esse perfil de comprador. 

As discussões nas redes sociais não param por aí. Corretores insistem que bolha é uma fixação desencadeada pela imaginação dos clientes que esperam que os preços do mercado imobiliário despenquem logo para que todos se dêem bem. Mas onde estão as análises dos grandes economistas brasileiros? Perguntas e mais perguntas sem respostas estão se acumulando nas gavetas da plebe média, ops. Quero dizer, classe média: O que acontece nesta fogueira que deveríamos saber mas ninguém nos conta? Por quê as grandes mídias do país ainda não se manifestaram sobre o tema? Há uma bolha imobiliária no Brasil?

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Fonte: síntese e comentários da Superinteressante

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