“Nunca vi governo tão sujo. Somos governados pelas piores pessoas do universo”, diz Teresa Cristina

A cantora Teresa Cristina em foto de Fernando Young. Ao fundo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao lado do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), em foto creditada ao portal Valor Investe, do grupo Globo | Sobreposição de imagens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

A opinião da cantora se deu após comentário de Queiroga, na ocasião de sua decisão de vetar o passaporte da vacina: “Melhor perder a vida que a liberdade

A cantora e compositora Teresa Cristina afirmou, nesta semana: “Nunca vi governo tão sujo. Somos governados pelas piores pessoas do universo“. A frase merece entrar no hall das melhores da semana.

A artista, ao retuitar link compartilhado pelo deputado federal Paulo Pimenta, no Twitter, expôs sua opinião sobre o governo Bolsonaro a partir de um comentário feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na ocasião de sua decisão de vetar o passaporte da vacina. “Melhor perder a vida que a liberdade”, afirmou o ministro, conforme foi veiculado no portal progressista de notícias DCM.

Teresa Cristina, considerada uma voz representante da revitalização da cultura musical brasileira, afirmou, sobre frase dita por Queiroga (assista mais abaixo), a qual reforça a mesma opinião do presidente Jair Bolsonaro (PL), que nunca viu “um governo tão sujo” e que “estamos sendo governados pelas piores pessoas do universo“.

Veja abaixo e leia mais a seguir:

A afirmação de Queiroga foi feita na terça-feira (7/12), durante entrevista coletiva.

O ministro disse que o Brasil não cobrará “passaporte da vacina” a turistas que entrem no País, em discurso contra a obrigatoriedade da vacina. Além disso, Queiroga avisou que viajantes não-vacinados deverão apresentar um teste negativo para covid-19 e realizar uma quarentena de cinco dias. 

Esse enfrentamento da pandemia não diz respeito a apenas um chamado passaporte, que mais discorde do que consenso cria. É necessário defender as liberdades individuais, respeitar os direitos dos brasileiros acessarem livremente as políticas públicas de saúde”, disse.

Nessa questão da vacinação, o que nós fazemos tem dado certo porque nós respeitamos as liberdades individuais. O presidente ainda há pouco falou: ‘É melhor perder a vida do que perder a liberdade’. São direitos fundamentais e que têm a mesma importância e nosso compromisso é com isso: com a vida, com a liberdade e com as políticas públicas de saúde”, afirmou Queiroga, e acordo com o portal de notícias Terra.

Não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições. Até porque a ciência já sabe que as vacinas não impedem totalmente a transmissão do vírus. E não temos só as vacinas, temos também as testagens, que o Brasil ampliou muito”, disse ainda o ministro durante a coletiva de imprensa.

Ultimamente o mundo ficou muito preocupado com a nova variante do vírus [Omicron]. E essas variantes podem acontecer em qualquer lugar. Os países que identificam essas variantes não podem ser punidos com restrição a seus cidadãos, até porque essas variantes já estão em várias outras partes e é difícil dizer que são oriundas desses países onde foram identificadas”, afirmou Queiroga, que se tornou um dos ministros preferidos de Bolsonaro.

Ao compartilhar no Twitter, a infeliz frase do ministro da Saúde, o perfil @desmentindobozo disse que Queiroga “é uma vergonha” e que “em nenhum contexto seria razoável um ministro da Saúde falar isso“.

Veja abaixo e leia mais a seguir:

Barroso

Depois de toda a repercussão negativa sobre o tema, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), finalmente determinou, neste sábado (7/11), a obrigatoriedade do passaporte da vacina para todo viajante do exterior que desembarcar no Brasil, conforme noticiado por todos os grandes veículos de notícias, dentre eles a CNN.

Somente serão dispensados de apresentar o passaporte da vacina passageiros que tenham uma justificativa médica ou quem venha de país em que comprovadamente não haja vacina disponível, ou ainda por razão humanitária excepcional.

A substituição do comprovante de vacinação pela alternativa da quarentena somente se aplica aos viajantes considerados não elegíveis para vacinação, de acordo com os critérios médicos vigentes, ou que sejam provenientes de países em que, comprovadamente, não existia vacinação disponível com amplo alcance, ou, ainda, por motivos humanitários excepcionais”, diz o ministro na decisão.

Barroso tomou a decisão no âmbito de uma ação proposta pelo partido Rede Sustentabilidade. O ministro diz que “em um país como o Brasil, em que as autoridades enfrentam dificuldades até mesmo para efetuar o monitoramento de presos com tornozeleira eletrônica, a quarentena deve ser compreendida com valor relativo e aplicada com extrema cautela”.

Todos os dias milhares de pessoas ingressam no Brasil por meio dos modais aéreo e terrestre, de modo que, a cada dia de não exigência de comprovantes de vacinação ou de quarentena, agrava-se o risco de contágio da população brasileira, podendo-se comprometer a efetividade do esforço de vacinação empreendido pelo próprio país”, prosseguiu Barroso.

A situação é ainda mais grave se considerado que o Brasil é destino turístico para festas de fim de ano, pré-Carnaval e Carnaval, entre outros eventos, o que sugere aumento do fluxo de viajantes entre o final do ano e o início do ano de 2022. Além disso, como assinalado pela Anvisa, a facilitação de entrada sem apresentação de comprovante de vacinação, pode atrair para o país um turismo antivacina que não é desejado e que, no limite, pode inviabilizar os próprios eventos em questão”, afirmou o ministro.

Barroso pediu que sua decisão fosse remetida ao plenário virtual do Supremo, em uma sessão extraordinária, para o referendo dos colegas.

O ministro citou, também na decisão, uma suposta interferência do Judiciário em ações do Executivo, alvo constante de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A presente decisão não envolve um juízo quanto a preferências políticas do Judiciário, mais sim uma avaliação acerca da compatibilidade das medidas adotadas pelo Executivo com o respeito a tais direitos, tendo em vista uma pandemia que já matou mais de 600.000 (seiscentos mil) brasileiros e a existência de autoridades negacionistas da sua gravidade”, escreve o ministro.

Barroso disse que o governo federal deve acatar integralmente as sugestões da ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária) sobre a adoção do passaporte da vacina e afirma que a portaria que determinou a quarentena de cinco dias para viajantes “contém redação que pode conduzir a entendimentos ambíguos e divergentes, e que precisam ser evitados”.

Para que não ocorram interpretações conflitantes e visando a permitir que a própria norma alcance integralmente seus propósitos, há necessidade de alguns esclarecimentos sobre seu alcance, de modo a afastar sua aplicação indevida”, escreve Barroso, que completou conforme a seguir:

Tais esclarecimentos serão efetuados à luz das notas técnicas da Anvisa e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que exige respeito a critérios científicos dos órgãos com expertise na matéria, bem como observância aos princípios da precaução e da prevenção”.

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