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Custará 27% a mais que a eletricidade convencional. Ajustes asfixiarão 30 mil famílias que já utilizam a nova tecnologia
O Governo da Espanha anunciou que o auto-consumo energético — produção da própria energia mediante painéis foto-voltaicos ou mini-eólicos e consumidos no momento – , se implantará de forma muito controlada diante da “complexa situação econômica” que afeta o setor elétrico. O rascunho do decreto de auto-consumo, esperado impacientemente por milhares de cidadãos espanhóis, incluiu um pedágio, denominado de “respaldo”, que, de momento, eleva a tarifa daqueles que a utilizam.
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O decreto sobre o auto-consumo chegou com mais de um ano de atraso. O Ministério da Indústria o enviou à Comissão Nacional de Energia, que teve 15 dias para emitir um informe que será ouvido, ainda que não seja vinculativo. A redação do texto reserva ao Governo o poder de alterar o valor do pedágio dependendo do andamento da implantação dos modelos de auto-geração elétrica. Um dos grandes medos das companhias elétricas é que a auto-geração se descontrole e o sistema atual entre em colapso. Os preços dos primeiros pedágios de respaldo estão no rascunho do decreto elaborado pelo Ministério da Indústria. Segundo cálculos da União Espanhola Fotovoltaica (Unef), será 27% mais caro do que o consumo convencional e serão abonados caso se opte pelo uso tradicional da rede.