O MPF (Ministério Público Federal) informou hoje que ajuizou uma ação civil pública na Justiça Federal do Rio Grande do Norte contra o ministro Abraham Weintraub (Educação) e a União por danos morais coletivos.
O motivo foram as condutas praticadas pelo titular do MEC desde que assumiu a pasta, em abril, com falas consideradas ofensivas a alunos e professores. O MPF pede R$ 5 milhões em caso de condenação. O caso será agora analisado pela 10ª Vara Federal de Mossoró.
Apesar de incluir a União, o MPF assegura que há uma “responsabilização direta do ministro, pois, uma vez comprovado o dolo, não há necessidade de demandar unicamente o ente público”. Na ação, os procuradores citam declarações do ministro que, segundo eles, são preconceituosas, entre elas estão a declaração dada em entrevista em 30 de abril, quando ele falou que “universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”.
Para o MPF, a fala demonstra “clara vontade discriminatória por parte do réu, pois as universidades inicialmente retaliadas pelo MEC atingiram ótimo desempenho”, diz a ação, com base em rankings de avaliação do ensino superior, como Times Higher Education.Sua Excelência classificou o ambiente acadêmico e, portanto, os respectivos estudantes e professores como pessoas afetas a algazarra, confusão, desordem ou tumulto. Perceba-se que a consequência que Sua Excelência atribuiu a eventuais atos que, a seu juízo, configurariam balbúrdia não foi responsabilizar e individualizar os autores, mas sim atingir a todas as universidades com o citado corte de gastos
MPF no Rio Grande do Norte
Em 20 de maio, o MPF lembra de outro fato e alega que Weintraub, em reunião com reitores e membros da bancada parlamentar do Rio Grande do Norte, propôs que “se chamasse o CA e o DCE” para realização dos serviços. Os CAs (centros acadêmicos) e DCEs (diretórios centrais dos estudantes) são órgãos de representação dos alunos, e para os procuradores, a prestação desses serviços pelos seus integrantes seria ilegal. “O exercício de atividade de limpeza e manutenção não é compatível com as atividades de ensino, pesquisa e extensão. A proposta parte da premissa inafastável de que, para Sua Excelência, os respectivos alunos são desocupados, não realizando a contento as atividades de ensino, pesquisa e extensão a ponto de ostentarem tempo livre para, ilegalmente, exercerem tarefa que cabe à Administração”, afirma a ação.
Dois dias depois, em uma audiência na Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, o MPF lembra que o ministro se recusou a pedir desculpas por usar o termo “balbúrdia” ao se referir às universidades federais. “Eu não tenho problema nenhum em pedir desculpas, mas esse não”, disse. A ação do MPF vem no mesmo dia em que está marcada uma série de protestos pelo Brasil contra os bloqueios de recursos nas instituições de ensino superior federais.
O MEC é alvo de outra ação, da Defensoria Pública da União, que pede a suspensão dos recursos bloqueados das universidades. “O tom jocoso utilizado, com claro interesse de humilhar os estudantes, somente pode ser compreendido quando analisado o contexto global em que a fala foi proferida, no contexto da conturbada relação com as instituições de ensino”, diz o MPF.
Para os procuradores, as falas de Weintraub criam um risco de “envenenamento gradual da democracia”, já que “quando discursos desse tipo passam a ser proferidos e considerados normais na sociedade, podendo criar um clima de animosidade contra as instituições.” O UOL entrou em contato com o MEC nesta manhã e aguarda retorno da assessoria do ministério para incluir o posicionamento na reportagem.
Ao comparecer na Câmara para explicar o bloqueio no ministério no dia 22 de maio, Weintraub disse que queria esvaziar tensões em escolas.
via UOL
ABRÃO VAI-TRABALHAR, VTNC FILHO DO CAPETA DUCARAI
NÃO ADIANTA PROCESSAR E COBRAR, TEM QUE AFASTÁ-LO E PRENDE-LO!!
Tem que processar mesmo para que ele entenda que tem que respeitar os cidadãos que trabalham com ensino, além dos próprios estudantes.
Este ministro quer implantar uma ditadura junto com esse desgoverno.