MPF investigará Bolsonaro e Michelle pelo crime de peculato no caso das joias da Arábia Saudita

Suposto delito do ex-presidente ao desviar de bens públicos em benefício próprio ou de terceiros se utilizando de cargo público foi apontado em representação de deputada do PSOL

O MPF (Ministério Público Federal) abriu, nesta quinta-feira (16/3) um procedimento para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle pelo crime de peculato no caso das joias trazidas da Arábia Saudita.

Uma representação foi feita pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), que aponta suposto delito do desvio de bens públicos em benefício próprio ou de terceiros, enquanto o casal ocupava cargo público.

A notícia-crime recebida pelo MPF também cita o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ex-secretário da Receita Federal, Julio Gomes, devido às tentativas de liberação das joias a pedido de Bolsonaro.

O caso foi designado ao procurador da República, Caio Vaez Dias, do Distrito Federal, que integra o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. O procurador participou de diligências após prisão de terroristas do ‘8 de Janeiro‘.

Na peça, a parlamentar diz que supostas condutas do casal Bolsonaro, Bento Albuquerque e Gomes para liberar os artigos de luxo são marcadas por “imoralidade, desarrazoabilidade e prejuízo aos cofres públicos“, devendo ser investigadas.

Na quarta-feira (15/3), o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que o ex-presidente entregue, em até cinco dias, as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita e as armas que trouxe em 2019 ao voltar de uma viagem ao Oriente Médio, lembra a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

A medida foi tomada por unanimidade pelos seis ministros da corte de contas que votaram na sessão.

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