Franceses comemoram sob um telão montado na base da Torre Eiffel a vitória de Emmanuel Macron sobre a ultradireitista Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial da França, realizada neste domingo (24/4) | GETTY IMAGE
Com 100% das urnas apuradas, o presidente francês teve apoio de 58,6%, contra 41,4% da ultradireitista, que mesmo derrotada afirmou que saboreou “uma vitória retumbante“
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
Emmanuel Macron vence as eleições e é reeleito na França por mais cinco ano. A vitória foi confirmada após a apuração de 100% dos votos das urnas. O presidente teve 58,6% dos votos contra 41,4% da ultradireitista, que mesmo derrotada afirmou que sentiu gosto de uma “vitória retumbante“.
O discurso da vitória de Macron foi feito em frente à Torre Eiffel, no Champ-de-Mars [Campo de Marte – imensa área verde de Paris, no sétimo distrito, que tem como um dos limites a Torre Eiffel].

“As ideias que representamos estão alcançando novos patamares (…) O resultado representa em si uma vitória retumbante”, disse Le Pen, a partir de sua sede eleitoral na noite deste domingo (24/4), logo após a publicação das estimativas que deram a reeleição de Emmanuel Macron.
“Esta noite estamos lançando a grande batalha eleitoral das eleições legislativas. Vou liderar essa batalha ao lado de Jordan Bardella [deputado da União Europeia e porta voz do partido de Le Pen, o RN (Reagrupamento Nacional)], com todos aqueles que tiveram a coragem de se opor a Emmanuel Macron no segundo turno, com todos aqueles que têm a França atrelada ao corpo“, acrescentou.
“Continuarei meu compromisso com a França e os franceses“, prometeu Le Pen. “Eu vou lutar esta batalha, O RN trabalhará para unir todos aqueles de onde quer que venham que queiram se unir e reunir suas forças contra Emmanuel Macron para apresentar ou apoiar candidatos em todos os lugares. Hoje não tenho ressentimentos desta derrota. Não posso deixar de sentir uma espécie de esperança. Esta França também esquecida, nós, não a esquecemos“, pontuou a candidata derrotada.
Le Pen ainda enviou agradecimentos aos territórios Guadalupe – grupo de ilhas no sul do mar do Caribe, onde obteve 69,60%, Martinica – na mesma região, mais ao sul, onde teve a preferência de 60,87% dos eleitores, Guiana – fronteira com o Amapá (BR), com 60,70% e Saint-Pierre-et-Miquelon – uma coletividade a noroeste do oceano Atlântico, próxima da província Terra Nova e Labrador, no Canadá, onde pontuou com 50,69%.
Quanto a Macron, em seu discurso, ele disse que “não era mais o candidato de apenas um campo, mas o presidente de todos” e pediu para que seus apoiadores não vaiassem Le Pen.
O presidente também reafirmou que “a raiva e as divergências” que levaram à votação do projeto de extrema-direita “devem encontrar uma resposta”, durante um discurso a seus apoiadores no Champ de Mars, em Paris. “Sei que para muitos de nossos compatriotas, que hoje escolheram a extrema direita, a revolta e as divergências que os levaram a votar neste projeto também devem encontrar uma resposta. Será minha responsabilidade e dos que estão ao meu redor”, disse. ele disse.
Macron prometeu um “método refundado” para governar a França durante seu novo mandato, garantindo que “ninguém será deixado de lado“:
“Esta nova era não será a continuidade do mandato de cinco anos que termina“, disse no encerramento de sua fala prometendo ser “benevolente e respeitoso” num país que está “imerso em tantas tantas dúvidas, tantas divisões“.