Lula concede entrevista à Rádio Sagres de Goiás na manhã desta sexta-feira (17). Dentre os assuntos abordados, o ex-presidente também disse que a carta do presidente Jair Bolsonaro à nação logo após as manifestações do último dia 7 de setembro dão provas de “sua fragilidade”. A carta foi redigida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e assinada por Bolsonaro
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
De acordo com o ex-presidente, o povo e a sociedade têm que fazer muita pressão para exigir que Arthur Lira coloque em votação um dos quase 150 pedidos de impeachment de Bolsonaro, o que nem Lula acredita que o presidente da Câmara fará, restando o pleito do ano que vem como oportunidade para tirar o atual presidente
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à rádio Sagres, de Goiás, nesta sexta-feira (17), e fez duras críticas ao governo Bolsonaro. Em uma de suas declarações, o ex-presidente afirmou que espera que em 2022 o povo escolha alguém que não governe para “militares” e “milicianos”. Para o petista, o povo e a sociedade têm que fazer muita pressão para exigir o impeachment. Para isso, Arthur Lira teria que colocar em votação um dos quase 150 pedidos que está em sua gaveta. Mas nem mesmo Lula crê que o presidente da Câmara o fará, devido a dadas circunstâncias, restando, para que a sociedade se livre de Bolsonaro, apenas o pleito do ano que vem.
Lula argumentava sobre a perda do “controle da inflação”, que já está “perto dos dois dígitos”, pelo governo Bolsonaro.
“A inflação, quando volta da forma como ela está voltando, ela prejudica a parte mais pobre da população”, disse Lula. “O que a oposição tem que fazer? É ir pra rua denunciar”, disse.
Contudo, para Lula, Arthur Lira não se moverá neste sentido.
“Não acredito que ele vá colocar” porque na Câmara dos Deputados “nunca aconteceu o que está acontecendo agora (…) de ter um orçamento de R$ 20 bilhões de um relator para que possa negociar com os deputados”.
“Ou seja, então não vai votar o impeachment… a não ser que haja muita pressão da sociedade”. disse. “Por isso temos que fazer pressão.
E se nada disso resolver, nós temos que esperar que o povo, em outubro de 2022, resolva o problema do país colocando alguém que gosta da democracia, alguém que gosta do povo, alguém que respeita os nossos parceiros internacionais e alguém que vai governar efetivamente para o povo brasileiro e não para os militares da reserva, e não para os milicianos”.
Assista à íntegra da entrevista no vídeo abaixo: