Lula e Bolsonaro praticamente sós em 2018

Não se pode mais negar Lula, apesar do lawfare à ‘queima roupa’. Ele nasceu pra isso. É astuto e rápido. Mas é também um divisor de águas. Um defensor ferrenho de pobres odiado por ricos que, exatamente por este motivo, concebeu um tolo capaz de canalizar sentimentos desafetos oriundos de toda uma sociedade neoliberal. Sim, sabidamente Bolsonaro é um incapaz, mas o único que tem a chance (não o mérito) de enfrentar Lula sem, contudo, detê-lo.

Com as mais fortes legendas de oposição ao Partido dos Trabalhadores desmanteladas pela ética social, sucumbiram nomes habituais outrora poderosos e destacados na fachada eleitoreira. Os dragões da política nossa de cada dia foram desmascarados e, ainda que impunes pelo judiciário golpista, já foram sepultados pelo eleitor.

Cientistas e colunistas políticos admitem que dificilmente surgirá um novo FHC neste inédito palco de atores sem prestígio aos quais somos obrigados a espectar, pois o PSDB rachou ao meio e o centro se pulverizou ao passo que Lula consolida mais e mais sua liderança pela esquerda e, paralelamente, Bolsonaro cristaliza sua imagem de anti-Lula pela direita, como afirmou até mesmo uma jornalista do golpe.

E por falar em golpistas, o sonho era que Temer se transformasse num cabo eleitoral e apoiasse Serra, ou algo assim. Mas a Lava Jato se voltou contra o PMDB e as duas denúncias de Rodrigo Janot contra o presidente estragaram tudo. Temer teve que usar artimanhas para se salvar e, assim, foi perdendo o PSDB.

Lula 2018 está tão claro, que nenhum partido ignora isso.

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