LULA deve ir, depois da China, à Europa, para liberar acordo UE-Mercosul travado por Bolsonaro

Eu acho que a presença” da vice-presidente da Comissão Europeiaaqui no Brasil e, provavelmente logo, (…) mostram essa aproximação permanente”, disse o vice do Executivo brasileiro Geraldo Alckmin

A União Europeia é o maior investidor do mundo no Brasil, mas não havia encontro de cúpula entre Brasil e UE desde 2014. O Presidente Lula [(PT)] deve ir, depois da China, à Europa. Eu acho que a presença de Margrethe [Vestager] aqui no Brasil e, provavelmente logo, a visita da [vice-] presidente da União Europeia mostram essa aproximação permanente entre Brasil e UE”, afirmou o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB).

A fala foi registrada na sexta-feira (17/3), após reunião bilateral de cúpula com a política dinamarquesa, demonstrando intenções do bloco econômico com o Mercosul.

Margrethe confirmou a vinda da presidente da UE, Ursula von der Leyen, ao Brasil nas próximas semanas, para “acelerar o ritmo das negociações e assegurar que o acordo seja concluído”.

Existe a expectativa de que a nossa presidente venha ao Brasil. Entendo que é chegada a hora. Esse é o momento em que precisamos tratar desse tema, do acordo MercosulUnião Europeia, com prioridade”, disse a representante da UE, conforme transcrição na CNN News Brasil.

Recentemente, a União Europeia apresentou um documento exigindo novos compromissos ambientais para desbloquear o acordo de livre comércio com o Mercosul. O teor do texto foi considerado “duro” e “desequilibrado” pelo bloco sul-americano.

Um acordo UEMercosul, exaustivamente negociado nas duas últimas décadas, foi finalmente fechado em 2019. O tratado diminui para zero, em um prazo máximo de 15 anos, as tarifas de importação sobre 91% do intercâmbio comercial. A estimativa do Itamaraty é de ganhos de quase US$ 100 bilhões para as exportações brasileiras até 2035.

Diante dos números crescentes de desmatamento, no governo Jair Bolsonaro, a UE travou a assinatura do acordo. Depois disso, ainda teria que ser ratificado pelo Parlamento Europeu.

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