Libaneses querem matar seu presidente
09/08/2020“Temos um líder criminoso. Ninguém pode pagar por nada”, diz uma manifestante em Beirute insatisfeita com o país que enfrenta severa crise econômica

Os libaneses estão com o sangue quente, após a explosão catastrófica em Beirute, e exigem a renúncia de seu presidente. Uns até pedem a cabeça do mandatário do Líbano e não escondem o desejo de matá-lo. Michel Naim Aoun é também o líder do Movimento Patriótico Livre – coalizão de maioria cristã e com uma visão secular. “Temos um presidente criminoso e queremos matá-lo”, diz uma manifestante em Beirute insatisfeita com o governo. O povo enfrenta uma severa crise econômica. “Ninguém pode pagar por nada“, disse.
Neste sábado (8), milhares de manifestantes exigiram a renúncia do governo do Líbano. Em uma verdadeira batalha, houve enfrentamento com a polícia e soldados devido à revolta popular com a crise do país, que teve como estopim a tragédia que destruiu parte da capital na terça (5) matando ao menos 157 pessoas e ferindo outras 5 mil.
Alguns exibiam cordas que simbolizavam o enforcamento de Aoun. Guilhotinas foram montadas em uma praça para a mesma representação.
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Os manifestantes fazem forte oposição à elite do país, o que levou o primeiro-Ministro a anunciar uma proposta para a antecipação das eleições no Líbano.
Centenas de pessoas invadiram a sede do Ministério das Relações Exteriores. Eles culpam autoridades pelas explosões que arrasaram a região portuária de Beirute. São décadas de corrupção, dizem.
A Cruz Vermelha libanesa informou que 130 pessoas ficaram feridas nos confrontos. A explosão da terça serviu como a gota d’água para aumentar a revolta da polulação contra os líderes libaneses, acusados de corrupção e incompetência.
O povo fala em revolução.
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