
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
“A única vez que LULA atingiu o patamar dos 40% e não venceu o pleito foi em 1994“, escreve a jornalista no jornal O Globo
Miriam Leitão dá como certa a vitória de LULA em 2022. Mas o ex-presidente terá que assumir um país que viveu a década pós-golpe, que a jornalista apoiou, e assumirá em 2023 tendo que remar contra a corrente da estagnação. Em sua coluna deste domingo, no Globo, ela dá a eleição de Luiz Inácio LULA da Silva tão certa que escreve: “A única vez que LULA atingiu o patamar dos 40% e não venceu o pleito foi em 1994“.
“O ex-presidente LULA encontrou o campo arado em 2003 e se beneficiou de um boom de commodities“, argumenta Leitão. “Mas isso não tira dele os méritos de decisões acertadas na economia“, defende a jornalista.
“Se naquela época era importante agradar ao mercado, agora o sinal é para o centro de uma forma geral“, escreve a jornalista, com foco na “dobradinha com o governador Geraldo Alckmin“, que segundo Leitão “é uma espécie de ‘carta aos brasileiros 2.0’, ou seja, um aceno ao centro“.
Se LULA vencer, “receberá, agora sim, uma herança maldita. O país estará em 2023 no décimo ano de déficit primário. O orçamento ficou ainda mais rígido. Será necessário um forte programa social para enfrentar os efeitos de duas recessões e uma longa estagnação em uma década de infortúnios econômicos. O Estado terá que fortalecer órgãos públicos que foram sucateados na demolição que tem sido o governo Bolsonaro. A austeridade não resolverá a crise, o gasto sem critério vai aprofundá-la. Não serão óbvias as escolhas de políticas fiscal e econômica“, prevê a colunista de economia.
“Falta ainda muito tempo para as eleições, mas a única vez que Lula atingiu o patamar dos 40% e não venceu o pleito foi em 1994, porque o Plano Real alterou completamente o ambiente econômico, político e social do país. Dificilmente haverá algo tão transformador do cenário, portanto Lula continua sendo o grande favorito das eleições de 2022“, pontuou Míriam Leitão.