Et Urbs Magna, 28 de setembro de 2018, 02:40 GMT
Haddad vai tirar país do ciclo de fábrica fechada, desemprego e desalento
“Nós não vamos vender nós vamos investir”, declarou Fernando Haddad, nesta quinta-feira (27), em Caxias do Sul (RS). Candidato à presidência pelo PT, Haddad afirmou que o caminho para recuperar o emprego será com o investimento na indústria nacional. Na opinião do dirigente metalúrgico, Marcelino da Rocha, Haddad representa a política do PT que gerou 20 milhões de empregos em 13 anos. “Bolsonaro e Alckmin é continuar política que jogou milhões no desalento”.
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Do Portal Vermelho – Durante o ato em Caxias do Sul, Haddad lembrou que o fórum naval e os estaleiros locais estão parados. O presidenciável ressaltou que os empregos caíram de 20 mil postos para 500 trabalhadores no último período. Marcelino, que é presidente da Federação de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) acrescentou que o cenário de perda de postos tem sido o mesmo também em Minas Gerais e em São Paulo.
“O golpe acabou com as políticas de subsídios criadas nos governos Lula e Dilma. Por falta de políticas do governo federal você tem áreas que viraram cemitério de grandes, pequenas e médias empresas que fecharam. É o caso do ABC paulista”, ressaltou o sindicalista. Uma empresa antiga em São Bernardo do Campo, a Panex, fechou as portas no final de 2017 após 39 anos no mesmo local.
De acordo com Marcelino, Minas Gerais também testemunhou fechamento de fabricas como a da General Eletric e da Hilex, em Betim. Cada uma empregava cerca de 700 trabalhadores. “Em Betim, São Joaquim das Bicas e Igarapé, na região metropolitana, havia 50 mil trabalhadores até 2016, hoje esse número caiu para 20 mil”.
“A política do golpe não enxergou a indústria brasileira. Haddad tem defendido incentivo à indústria nacional e local porque sabe que há um processo de desnacionalização da indústria brasileira através das grandes corporações estrangeiras. O Brasil precisa de uma política clara de desenvolvimento nacional a partir do BNDES”, argumentou Marcelino.
O dirigente chamou de “hilário” ver o candidato do PSDB Geraldo Alckmin defendendo a indústria nacional na propaganda. “A liquidação da indústria nacional ganhou força nos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso. A retomada se deu nos governos Lula com as políticas de subsídio para o setor automobilístico, para a linha branca. Isso empregou e reaqueceu a economia de forma contundente”.
O presidente da Fitmetal afirmou que Haddad se diferencia de candidatos como Alckmin e Jair Bolsonaro porque defende o investimento do estado na economia. “Enquanto o tucano e o candidato do PSL se aproximam do estado mínimo de Temer ou nenhum estado, Haddad vê o estado como um indutor do crescimento e com a geração de empregos de qualidade. Os governos Lula e Dilma deram sinais de que o país pode crescer economicamente, gerar emprego e renda com vontade política”.
Segundo Marcelino, na hora do voto é preciso considerar que optar pelo Haddad é romper com a receita de Michel Temer e que tem como continuidade e aprofundamento as candidaturas de Alckmin e Bolsonaro. “É fundamental a participação do Estado brasileiro no desenvolvimento econômico. Essa história de livre mercado sem considerar o papel fundamental do Estado no financiamento do desenvolvimento aprofundou a crise no país. Qualquer país em desenvolvimento no mundo leva isso em consideração. Nos últimos dois anos, após o golpe, isso deixou de ser feito no Brasil. Alckmin e Bolsonaro defendem participação mínima do Estado, livre mercado e retirada de direitos”, comparou o sindicalista.
De janeiro de 2011 a março de 2014 dados do Ministério do Trabalho sobre emprego e desemprego apontavam que houve um crescimento de 10,99% sobre o estoque de empregos registrados em 2010. Nesse período foram gerados um total de 4.845.051 postos de trabalho. Somando os dois governos Lula e parte do primeiro mandato de Dilma Rousseff foram criados 19,2 milhões de postos de trabalho enquanto Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e José Sarney criaram 10,4 milhões em 15 anos.
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