O Ministério da Justiça havia multado a empresa em R$ 1 milhão devido à suposta propaganda enganosa e o Ministério Público apura suposta prática abusiva da big tech
O Google, maior buscador do mundo, afirmou que iniciou a desativação, desde o meio-dia desta terça-feira (2/5), de um link em sua home que direcionava para texto do diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google no Brasil, Marcelo Lacerda, dizendo que o Projeto de Lei (PL) das Fake News iria “piorar sua internet”.
O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), comandado por Flávio Dino, havia multado a empresa em R$ 1 milhão devido à suposta propaganda enganosa. Quanto ao MPF (Ministério Público Federal), o órgão apura suposta prática abusiva da big tech, informa Guilherme Amado, no portal de notícias ‘Metrópoles‘.
Em nota, o buscador que o fim da campanha estava planejado e que já usou esse expediente do link abaixo da caixa de busca outras vezes para promover “iniciativas relevantes” por um tempo controlado.
Hoje pela manhã, o MJSP e o MPF abriram outras apurações contra o buscador, que também é suspeito de direcionar resultados de buscas para conteúdos contra a proposta.
O PL das Fake News pode ser votado pela Câmara nesta terça-feira (2/5).
As big techs, que são as maiores empresas de tecnologia do mundo que causam impacto na sociedade e na economia, têm atuado contra a aprovação do texto alegando que o debate ainda não está maduro, e que são favoráveis a uma regulação em outros moldes.
Por outro lado, o governo defende que a regulação é urgente e que a proposta já tramita na Câmara há três anos.
Nos últimos dias, o presidente do Google no Brasil disse que o PL pode ser “draconiano” para o país, um diretor da companhia afirmou estar “muito preocupado” com o texto e uma associação de lobby que reúne Google, Facebook e TikTok espalhou entre deputados que o PL censura posts de teor religioso.