Globo distorce Vaza Jato e Glenn corrige: “Envolvidos não negam autenticidade; Moro já admitiu”

Editor do Intercept corrige Fantástico: “Envolvidos não negam autenticidade; Moro já admitiu” – Reportagem de programa da TV Globo teria feito afirmações distorcidas sobre a Vaza Jato e focado mais no Telegram do que em irregularidades legais

O editor executivo do site The Intercept Brasil, Leandro Demori, criticou nas redes sociais na noite de domingo (16) a reportagem que o programa da Globo Fantástico fez a respeito dos vazamentos de promotores e juiz da operação Lava Jato. “Os envolvidos não negam a autenticidade das mensagens. Moro já admitiu um chat, Mara Gabrilli já admitiu outro” afirma Demori em uma das postagens.PUBLICIDADE

Na abertura da reportagem veiculada nesta domingo, o apresentador do Fantástico, Tadeu Schmidt, afirma que o ex-juiz da Lava Jato e hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o chefe da força-tarefa da operação no MPF (Ministério Público Federal), Deltan Dallagnol, questionam a autenticidade das mensagens atribuídas a eles pelos vazamentos divulgados pelo The Intercept.

Demori rebateu o comentário citando uma reportagem da Folha de S.Paulo na qual Moro afirma que foi um “descuido” repassar pistas de apuração contra o ex-presidente Lula por um aplicativo de mensagens ao procurador Deltan Dallagnol.

Já nesta manhã, Demori utiliza uma declaração de Dallagnol afirmando que as mensagens foram reveladas: “Se foram “reveladas” é porque são autênticas”, diz o editor.

Se foram “reveladas” é porque são autênticas. O que nós sabemos, mas é bom ver a confirmação dos participantes diretos. A estratégia agora será a de dizer que os fins justificam os meios. Isso é com a Justiça. https://t.co/tCfwsHSe2b

— Leandro Demori (@demori) June 17, 2019

A reportagem veiculada neste domingo trazia mais informações sobre o Telegram, seu criador e comparava a segurança do aplicativo de mensagens comparado ao seu rival, WhatsApp. Entrevistou um professor da Escola Politécnica da USP, que comparou os dois aplicativos, afirmando ser “ser tecnicamente impossível determinar de onde vieram as mensagens interceptadas” pelo suposto hacker.

Trazia também um perfil do bilionário russo Pavel Durov, criador do Telegram, aplicativo usado por Moro e Dallagnol para trocar informações sobre o andamento das ações da operação Lava Jato.PUBLICIDADE

“Reportagem aliás mais preocupada em mostrar fotos do torso nu do fundador do Telegram do que discutir ilegalidades no Judiciário, que é o que importa pra população brasileira”, comentou Demori sobre o perfil, completando: “desconfie de quem se escandaliza demais com os vazamentos e pouco com os conteúdos das conversas”.

via Revista Fórum

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