O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ministro do STF, Gilmar Mendes, e o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Ao fundo, a fachada do Ministério da Saúde | Sobreposição de imagens
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
Sequência de instabilidades nos sistemas de dados da pasta pode ser uma “ação política visando a esconder a real situação sanitária existente no País”
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes encaminhou despacho à PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitando uma investigação contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, devido ao apagão no SUS (Sistema Único de Saúde), que pode, segundo ação movida pelo PT (Partido dos Trabalhadores), ser uma “ação política visando a esconder a real situação sanitária existente no País”.
Desde o final do ano passado, ocorre uma sequência de instabilidades nos sistemas de dados da pasta. Na avaliação da legenda de LULA, as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a adoção de medidas restritivas em meio ao avanço da variante Omicron no país indicariam tal estratégia do governo.
Mendes criticou, no início do mês, as falhas no sistema do governo federal e disse que “o apagão na saúde inviabiliza o enfrentamento da pandemia“.
O ministro disse ainda que “o restabelecimento dos sistemas de atualização dos boletins epidemiológicos deve ser tratado como prioridade. Há semanas os Estados e Municípios enfrentam dificuldades em informar os casos de contaminação e de internação.
O Ministério da Saúde viola o dever de transparência da administração pública, previsto na Constituição Federal, afirmam os membros do PT, na ação protocolada no STF. Queiroga cometeu crimes como prevaricação, que consiste em retardar ou deixar de praticar deveres para satisfazer interesses alheios ao bem comum, diz o texto da legenda, que foi assinado pelos deputados Reginaldo Lopes (MG), Gleisi Hoffmann (PR), Alexandre Padilha (SP) e Bohn Gass (RS).