Liminar de Fux autorizava a diretora da Precisa, Emanuele Medrades, a não responder somente a perguntas que pudessem incriminá-la
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, afirmou aos membros da CPI da COVID que autorizou a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, a ficar em silêncio, mas enfatizou que somente no caso em que a depoente se veja diante de perguntas que possam incriminá-la. Logo, Medrades pode receber voz de prisão na Comissão que investiga responsabilidades na pandemia, caso ela se recuse a dar outras respostas aos parlamentares.
A executiva da empresa se negou a responder a quaisquer das perguntas que ouviu no senado, até mesmo sobre a ligação que mantém com a Precisa, causando impaciência do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que interrompeu a depoente para dizer ao presidente da CPI que ela incorria no “estadro flagrancial” do crime 330 de desobediência.
Depois, Omar Aziz recorreu ao chefe do Supremo sobre a possibilidade prendê-la. Fux respondeu, em uma conversa telefônica, que sua liminar concedia à Medrades o direito de não responder apenas às perguntas que a pudessem envolvê-la.
Medrades se negou a responder até mesmo qual vínculo mantinha com sua empresa. Por este motivo, Aziz enviou um documento a Fux perguntando sobre o “estado de flagrância” da depoente em relação ao crime de falso testemunho ou falsa perícia.
Com o parecer, Medrades agora poderá ser presa, caso volte a negar respostas.
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