Mark Post , chefe do Departamento de Fisiologia da Universidade de Maastricht, na Holanda, vai servir o primeiro hambúrguer artificial fabricado com tecidos de células-tronco de uma vaca esta semana em um restaurante de Londres.
Se alguém acredita em Mark Post, sabe que o futuro da carne está longe de ser um bife natural. Nem em sabor nem em aparência . Parece que, de momento, o resultado dá apenas “uma fina camada de fibras musculares incolor e insípida. Mas também há rumores de que para ter sucesso neste experimento, a carne deve estar cheia de antibióticos e outras substâncias para mantê-la resistente a bactérias.
O Frankenburger visa alimentar as gerações do futuro.
70% é a evolução potencial da taxa de demanda de alimentos no mundo até 2050 . Depois disso, talvez, não vejamos carne original de qualquer espécie de animal. O hambúrguer de proveta substituirá o gado. Será necessário suprir a demanda mundial por proteínas evitando o desmatamento e economizando alimentos e combustíveis.
O ‘Frankenburger’, é feito a partir de 3 mil pequenas tiras de carne cultivada a partir de células-tronco. O processo de fabricação de carne artificial começa com a retirada de células estaminais do músculo de uma vaca. As células são incubadas em caldo nutriente e se multiplicam várias vezes, criando um tecido adesivo com a consistência de um ovo cozido. Depois as tiras da carne cultivada são picadas e misturadas com gordura animal para formar o hambúrguer.O processo ainda é demorado e caro, mas o inventor acredita que pode acelerar a produção para um ciclo de aproximadamente seis semanas. Os cientistas dizem que é possível que a carne possa vir a ser vendida ao público dentro de dez anos, contribuindo para reduzir a quantidade de áreas verdes, ração animal e combustível na produção de carne bovina.Cada quilo de carne exige 10 quilos de ração e óleo vegetal, mas a carne cultivada só precisa de dois.