O documentário “O Processo”, que aborda o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), teve sua primeira exibição oficial no Brasil neste domingo (15), no Instituto Moreira Salles, dentro da programação da 23ª edição do festival É Tudo Verdade.
A alta procura pelas duas sessões inicialmente previstas pelo evento, marcadas para as 17h e as 20h, motivou breve confusão e reclamações do público que lotava as filas do centro cultural na avenida Paulista por volta das 15h.
As frustrações dos que queriam ver o documentário –que fez sua estreia internacional no festival de Berlim, obtendo o terceiro lugar na escolha do público da seção Panorama– foram aplacadas após a criação de uma sessão extra, às 23h, cujos ingressos também se esgotaram.
A estreia comercial do filme está prevista para 17 de maio.
Com presença majoritária de apoiadores da ex-presidente, o público se manifestou em diversas ocasiões: logo no início da sessão, com gritos de “Volta, Dilma” e “Lula Livre”, e, depois, com interjeições inflamadas conforme as aparições dos “personagens” da ação.
Uma das responsáveis pela redação da denúncia contra a ex-presidente, a advogada Janaína Paschoal surgiu na tela sob gritos de “louca” e “mentirosa”.
Já o deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), retratado proferindo elogios ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015) durante seu voto a favor do afastamento de Dilma, foi chamado de “assassino” e “torturador”.
TONS DE KAFKA
“O Processo” retrata bastidores e momentos decisivos do processo que culminou no afastamento da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT), em 2016.
O filme de Maria Augusta Ramos se concentra nos seis meses entre a aceitação da denúncia contra a petista e a confirmação de seu afastamento, ambos em sessões do Congresso celebrizadas pelas dedicatórias de votos a Deus e à instituição familiar por parte dos parlamentares.
Sua trama é tecida a partir do cotidiano de aliados de Dilma e opositores e de excertos de sessões de comissões e do plenário da Câmara que integraram o rito processual do impeachment.
Antes da primeira exibição do filme, Maria Augusta Ramos foi convidada ao palco por Amir Labaki, diretor do festival, que a chamou de “filha querida do É Tudo Verdade” —a diretora já havia apresentado em edições anteriores do evento obras como “Seca” e “Justiça”.
O filme sobre o Impeachment de Dilma foi premiado em festival de Berlim e também foi um dos mais celebrados em festival europeu.
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Fonte: Folha de São Paulo