Agentes na linha do olhar das mulheres impediam a visão do Presidente eleito: “Lula!”, chamava uma. “Ei, Lulaaaaa”, gritava a outra
“Ninguém vai fazer bagunça, não. A gente só quer ver o Lula“, reclamavam mulheres com agentes da Polícia Federal no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, na sexta-feira (2/11). Naquele momento, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedia entrevista à imprensa a menos de 30 metros dali.
Os federais bloqueavam a visão de Lula para as mulheres, que se incomodaram e gritavam: “Lula!“; “Ei, Lulaaaaa“. Mas a entrevista acabou e o Presidente eleito olhou de longe e acenou para o pequeno público.
Com a transcrição das vozes das seguidores do futuro Presidente, o portal de notícias UOL tenta lançar o “Cercadinho do Lula“, que deu título à matéria, mas não deve colar, pois Lula não é de conversar fiado como o que está de aviso prévio. O texto diz que Lula tem evitado contato direto com o público e com a imprensa.
O que deve colar é a substituição de “petista” por “lulista“. A associação do partido aos seguidores de Lula foi alterada com a ampliação da coligação que o apoia. Não há só petistas apoiando hoje o Presidente eleito, mas todos apoiam Lula, então são “lulistas“.
O próprio portal escreveu: “Uma repórter brincou com uma das lulistas: ‘Olha, se vocês chamarem ele, ele vem’. A mulher riu e decidiu: ‘Eu vou chamar‘”.
Voltando ao “cercadinho de Lula“, que o portal tenta emplacar, a matéria diz que quando os seguranças começaram a checar as grades para evitar que apoiadores pulassem a divisória, houve de novo um pequeno protesto: “Ninguém vai pular, não. Deixa a gente ver ele direitinho. Ninguém vai fazer nada, não. Mas sai da minha frente, vai! Bom dia! Bom dia, Lulaaa. Ô, Lulaaaa. Ôôôô“.
