Partidos de oposição como PDT, PT, Rede e PCdoB pediram exclusçao, das redes sociais, dos vídeos em que o presidente ataca urnas eletrônicas em reunião com os diplomatas
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, deu cinco dias para Jair Bolsonaro (PL) se manifestar sobre pedidos feitos por partidos de oposição, como PDT, PT, Rede e PCdoB, para que sejam excluídos os vídeos, das redes sociais, em que o atual ocupante do Palácio do Planalto ataca as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral na reunião com embaixadores na segunda-feira (18/7), conforme divulgou o jornal O Globo.
No despacho desta quinta-feira (21/7), o ministro aponta questões processuais sobre a viabilidade, ou não, desse tipo de ação se debruçar sobre abuso de poder político nesse momento, antes do registro de candidatura, e solicita a manifestação de todas as partes envolvidas no pedido, além de Bolsonaro.
O ministro, que está decidindo os pedidos urgentes que chegam ao TSE durante o recesso do Judiciário, afirmou:
“Antes, porém, de poder analisar o pedido formulado em caráter de urgência, faz-se necessária a aferição da regularidade do meio processual adotado. Isso porque embora a demanda tenha sido identificada como Representação, da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a aduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas“, disse Fachin.
“A transmissão ao vivo, também divulgada pelo Youtube, já conta com mais de 216.713 visualizações, somente nesta segunda plataforma, e em menos de 24 horas de exibição, excedendo, em muito, as prerrogativas consignadas no regimento e norma que integra. A transmissão não contou com nenhum conteúdo informativo, pelo contrário, houve total desinformação sobre a confiança no sistema eleitoral brasileiro, e tudo o que dele decorrem, em latente desvio de finalidade!“, afirmam os partidos.