Alexandre de Moraes (STF) acaba de pautar o Parlamentarismo para esta semana.
Sistema poderá ser alterado sem plebiscito.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Alexandre de Moraes, indicado por Temer e quadro partidário do PSDB, partido que defende abertamente o parlamentarismo, resolveu pautar para esse semana a votação de uma ação que questiona se o congresso tem poderes para alterar o modelo de governo, para o parlamentarismo, ignorando o plebiscito de 1993.
A reação ao que seria uma espécie golpe dentro do golpe, para que forças populares jamais chegassem ao executivo, obteve forte reação de todos os partidos da oposição (PT, PDT, PSB e PCdoB).
A ação pautada é uma grande lição à esquerda, uma vez que estrategicamente Moraes escolheu, dentre as diversas ações, uma que foi assinada por Jaques Wagner, ainda no governo FHC, em 1997. A ironia do destino impõe à luta por um Brasil menos dominado pelos países centrais do capitalismo, um raciocínio bem mais estratégico que o firmado no período Collor/Itamar e FHC.
Da mesmo forma, o impeachment de Collor tornou o instrumento uma opção válida para retirar qualquer presidente eleito, desde que não tenha maioria no parlamento e seja alvejado pela mídia. Em resumo, quem abriu caminho para o impeachment de Dilma, foi o impeachment de Collor, construindo o golpe lá no passado.
Enquanto a oligarquia imperial do século XIX continuar alterando as regras do jogo, sempre que ela perder espaço no poder, o Brasil jamais se tornará desenvolvido. Mais que isso, como a desigualdade é uma opção de desenvolvimento econômico e social imposto por uma elite chafurdada na escravidão, toda mudança de regra serve como forte prejuízo à nação e aos mais pobres. Vem aí, o golpe dentro do golpe.
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