‘Estadão’ relaciona milícia com os Bolsonaro dando ‘nome aos bois’ e explica sua infiltração na política do Rio de Janeiro

Foragido havia 14 meses, o ex-policial militar Adriano da Nóbrega foi morto no domingo passado, 9, durante troca de tiros com a polícia no município de Esplanada, na Bahia, inicia o jornal O Estado de São Paulo.

Apontado como chefe da milícia Escritório do Crime, Nóbrega foi encontrado no sítio de um vereador do PSL.

Além de ter o nome citado na investigação que apura prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado (hoje senador) Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, o ex-PM era suspeito de ter ligação com o assassinato da vereadora Marielle Franco e de comandar esquema de grilagem em bairros da zona oeste do Rio.

Adriano Magalhães da Nóbrega
CHEFE DA MILÍCIA ESCRITÓRIO DO CRIME

Admitiu em mensagem interceptada que recebia parte da rachadinha (repasse de salários de assessores ao parlamentar) do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Foi morto pela polícia na Bahia.

Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães
EX-MULHER E MÃE DE ADRIANO DA NÓBREGA

Ex-assessoras de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, Danielle e Raimunda teriam integrado o suposto esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual.

Flávio Bolsonaro
EX-DEPUTADO ESTADUAL E HOJE SENADOR

Então deputado homenageou Adriano da Nóbrega com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria do Legislativo fluminense. É investigado no caso da rachadinha por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Fabrício José Carlos De Queiroz
EX-ASSESSOR DE FLÁVIO BOLSONARO NA ALERJ

Coaf apontou movimentação ‘atípica’ de R$ 1,2 milhão em sua conta. Investigado, disse que ‘gerenciava’ salários de servidores. Indicou parentes de Nóbrega para o gabinete de Flávio e repassou recursos para Michelle Bolsonaro.

Jair Bolsonaro
PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Quando era deputado federal, Bolsonaro defendeu Adriano da Nóbrega – então processado por homicídio – em um discurso na Câmara. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, recebeu em conta recursos de Fabrício Queiroz.

Ronnie Lessa
POLICIAL MILITAR REFORMADO

Ex-vizinho de Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, no Rio, é apontado como integrante do Escritório do Crime e acusado de ter feito os disparos que mataram Marielle Franco. Está preso. Assista a depoimento.

Elcio Queiroz
EX-POLICIAL MILITAR

É acusado de ter dirigido o carro usado no ataque a Marielle. No dia do crime, foi ao condomínio Vivendas da Barra, de onde teria saído com Ronnie Lessa para cometer o crime. Está preso. Assista a depoimento.

Escritório do Crime
MILÍCIA

Grupo criminoso domina comunidades na zona oeste do Rio. Integrantes do ‘Escritório’ são suspeitos de ligação com a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. Foi alvo das operações Os Intocáveis I e Os Intocáveis II.

Rio das Pedras e da Muzema
COMUNIDADES NA ZONA OESTE DO RIO

Em Rio das Pedras, Fabrício Queiroz teria se abrigado, durante algum tempo, após virar alvo do Coaf. Na Muzema, dois prédios construídos ilegalmente por milicianos desabaram no ano passado, matando 24 pessoas.

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1 comentário em “‘Estadão’ relaciona milícia com os Bolsonaro dando ‘nome aos bois’ e explica sua infiltração na política do Rio de Janeiro”

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