Espantam-me pessoas próximas que, por antipetismo cego e desvairado, jogaram o Brasil na vala da mediocridade

Uma aposta errada – e qualquer #EleNão nos serviria melhor – Espantam-me pessoas próximas que, por antipetismo cego e desvairado, jogaram o Brasil na vala da mediocridade

Por que serão tão poucos os jornalistas que vão direto ao fígado do fim da democracia brasileira depois de instalado o governo sem noção do PSL e dos filhos do capitão Jair “Mito” Messias Bolsonaro? Podemos conta-los nos dedos. Não perceberam ainda o tamanho do desastre? Ou são conscientes de que servem ao Acordo Secular de Elites.

Estamos em um país onde o discernimento se partiu? Acho que sim. Espantam-me pessoas próximas que, por antipetismo cego e desvairado, jogaram o Brasil na vala da mediocridade. Qualquer #EleNão nos serviria melhor. Não precisava ser Haddad. Reflitam, cruamente, aonde fomos parar e em que mãos estamos?

Escusam-se, fogem: “é pouco tempo, logo irá melhorar”.

É quando perco a esperança. Continuaremos a ter a riqueza brasileira (que não é pouca, ainda mais se somada à existente em paraísos fiscais) em mãos de 1% ou menos da população.

Não concordo com quem diz que o agronegócio é danoso à economia do País. Parece-me um mantra de esquerda ultrapassado, pois irreversível no comércio internacional globalizado e, mais ainda, nas condições estruturais criadas em 518 anos de equívocos. Pelo contrário, o agronegócio, consciente, é virtuoso e necessário.

Não inventamos nada melhor e muito sobrou ainda de preservação ambiental. Basta tirar a bunda de suas cadeiras, andar por aí e ver campos e não apenas letras, como fazem o Globo Rural (TV e Revista) e muitos dos professores das Esalq, Unicamp, Lavras, Viçosa e outras. Andem. Faço isso toda a semana. Vão gostar. Fôssemos uma nação séria, seríamos ricos, mesmo apenas com bens primários, embora a aposta-preto 17 comece a tremelicar nos cassinos dos mercados exteriores, já que certos “gênios” resolveram se amasiar com nosso principal concorrente. Um grande erro, mesmo na visão assim do alto de Paulinho da Viola.

Mas, infelizmente, há mais de cinco anos vivo aqui com a lupa, embora pouca importância receba. É quando percebo crescerem as mazelas. Até para os que se pensam heróis da atividade, mas será muito pior para pequenos e médios agropecuaristas, de agora em diante. Um modelo econômico que não contempla emprego, renda e produção para consumo da população, estrangula a origem. E nela estão caboclos, campesinos, ruralistas e sertanejos.

Segundo os levantamentos do Cepea, Centro de Pesquisas em Economia Aplicada da Esalq/USP, entre 2017 e 2019 os resultados de preços dos produtos para mercado, aqueles que vêm às mesas dos brasileiros, foram desastrosos. Quando não estabilidade (algodão, arroz, café, carnes de bovinos, suínos, avícolas), ocorreram quedas dramáticas, como na mandioca, ovos, citros, bananas, tomates (sendo jogados fora pelos produtores como, na última safra, foram as batatas, hoje em razoável recuperação).

Todas essas referências são para o produtor primário, quem lavra, trata e colhe. Nada demais, ainda, para quem exporta, embora com preços em queda, as cagadas do “Arnesto” com Rússia, China, outros países da Ásia, África, Oriente Médio e América do Sul, e as más condições climáticas na região, no período, só o câmbio apreciou 17% e salvou a pátria, por um lado, e matou os fracos, por outro lado: os preços dolarizados dos insumos.

Nos próximos anos, assim como a agricultura familiar, também a chamada empresarial será atingida.

Um exercício que vocês sem dificuldade devem fazer diariamente, quase de forma automática. Comparem os preços oferecidos aos produtores com os similares que encontram em feiras e supermercados espancadores.

Os produtores estão recebendo 100 reais pelo saco com 50 quilos de batatas; o mesmo pelos tomates; o quilo da banana sai 0,78 real; 41 quilos de laranjas por 20 reais posto na indústria (calcule o suco); 334 reais a tonelada de mandioca; os ovos caíram 26%; a carne suína quase 10%, assim como o café.

Desde 2016, as autoridades econômicas governamentais se gabam sobre o ajuste fiscal e a queda da inflação. Canalhas.

Entre 1996 e 2018, a participação do PIB do agronegócio sobre o total brasileiro cresceu de 2,3% para 4,7% para os insumos; de 14,4% para 23,6% para a pecuária (JBS?); e caiu de 37% para 30% na indústria; e de 46% para 41% nos serviços. Como ficaram os produtores rurais? Mais custos e menos preços?

Perceberam, né? Então, inté!

Et Urbs Magna via Carta Capital

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