‘Usina de crises’ de Bolsonaro chega ao exterior – Além de greve e das quedas de Levy e Santos Cruz, ‘terremoto político com revelações em andamento’ sobre Moro
Abrindo a foto acima, de manifestação de “sindicatos e estudantes” durante a greve no Rio, o Financial Times noticiou a saída de Joaquim Levy como “mais um sinal de que os ideológicos estão ganhando vantagem, seguindo-se à demissão do moderado” Santos Cruz.
Cenas da sexta se espalharam por veículos europeus, com o francês Le Monde destacando que “a rua se mobiliza contra Jair Bolsonaro”.
O FT sublinha que essa “usina nuclear de crises” coincide com “o momento em que o governo é abalado por mais um escândalo, após vazamento envolvendo Sergio Moro” que trouxe “alegações de que ele colaborou com promotores durante o julgamento e posterior prisão de Lula”.

Durante todo o final de semana, o Drudge Report, referência da direita nos EUA, chamou para “Terremoto político no Brasil com revelações em andamento” e “Glenn Greenwald segue desafiador após ameaças“.

Com título para a declaração “Nós somos um país de perdedores”, a Bloomberg perfila Luciano Hang, que descreve como “o bilionário mais feroz” do Brasil e “o impulsionador mais apaixonado” de Bolsonaro.
Até jornais próximos a Mauricio Macri ensaiaram se distanciar do presidente argentino no domingo. A manchete do Clarín dizia à tarde que “Houve alerta de falha e governo admite que não notou”, mesmo enunciado do oposicionista Página/12.
Tanto o Clarín como o também governista La Nación levaram às páginas iniciais, com foto, as cobranças do principal opositor na eleição de outubro, o kirchnerista Alberto Fernández.
O escritor e jornalista Jon Lee Anderson, que cobre América Latina na New Yorker, tuitou com ironia: “Então os apagões não são só evidência do fracasso do socialismo venezuelano?!”.
FT, em submanchete, e Wall Street Journal noticiaram que a Índia elevou “tarifas sobre os EUA após perder acesso preferencial” ao mercado americano, em retaliação. O primeiro ouve de um especialista que, “se você é pessimista, este é o início de uma guerra comercial entre a Índia e os EUA”.
Ao fundo, noticiam jornais indianos como Hindustan Times, o governo americano ameaça com “sanções” se a Índia comprar, como anunciou, os antimísseis russos S-400.
Também a Turquia está sendo pressionada pelos EUA a desistir de suas compras do S-400, com entrega prevista para o mês que vem, mas segundo o turno Hürriyet o negócio segue de pé.
via Folha de São Paulo
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