“Nossos refrigerantes são muito mais saborosos”, afirmou Anatoli Antonov ao canal de TV Rossiya
“Em geral, não precisamos muito dos Estados Unidos. Precisamos que reconheçam nossos interesses nacionais, nos respeitem e estejam dispostos a dialogar conosco em condições de igualdade e respeito mútuo. Não vamos implorar a ninguém. Claro, podemos viver sem Coca-Cola, nossos refrigerantes são muito mais saborosos“, afirmou o embaixador russo nos EUA, Anatoli Antonov, em entrevista ao canal de TV Rossiya 24, durante reflexão sobre as relações entre o Kremlin e a Casa Branca. O diplomata abordou assuntos relacionados à energia, à segurança nuclear e criticou tentativas de Washington de sufocar a economia russa com objetivo de isolar o país do resto do mundo, diz matéria no portal de notícias RT.
Segundo Antonov, a Rússia está disposta em manter um diálogo com os EUA, mas há um esforço contínuo do Ocidente para deixar Moscou sem o apoio de outras nações: “Não pretendem parar e fazem todo o possível para formar uma frente de aliados e governos que, por algum motivo, estão se obrigando a ceder aos EUA”, afirmou. “A pressão cresce em todas as direções: a Casa Branca encaminha seus enviados aos países asiáticos, africanos e latino-americanos com o objetivo de convencer as autoridades a cessar a cooperação com a Rússia“, explicou o embaixador.
“Hoje, o Tratado de Redução de Armas Estratégicas é o padrão ouro de controle de armas que devemos manter”, disse ainda o diplomata. “Gostaria de lembrar as palavras de Vladimir Putin e Joe Biden em Genebra: uma guerra nuclear nunca deve ser iniciada, não pode haver vencedores em tal conflito“, afirmou Antonov, antes de lembrar que o acordo assinado entre a Rússia e os EUA expira em 2026 e as duas potências nucleares devem conduzir negociações em pé de igualdade para decidir sobre o futuro deste pacto essencial para a paz mundial. “Só falta esclarecer se Washington tem a mesma vontade“, sublinhou.
“O objetivo [dos EUA] é privar a Rússia de renda. Não vamos fornecer recursos a preços não rentáveis e com prejuízo“, diz Antonov sobre as sanções que Washington vem introduzindo contra os combustíveis russos. Ao “dividir os mercados de energia em bons e maus”, a Casa Branca desestabiliza o setor, eleva os preços e contribui para o aumento da inflação, sustentou o diplomata russo, destacando que o Kremlin não exige nada de impossível do governo norte-americano e que está satisfeito que seus interesses nacionais sejam respeitados. Foi quando, nesse contexto, o funcionário de Putin deu a entender que a retirada de várias marcas ocidentais do mercado russo, como a Coca-Cola, não pode influenciar as decisões tomadas pelo Kremlin.
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Hummm… “… que, por algum motivo, estão se obrigando a ceder…”!…
Existem algumas teorias, mas não liguemos — são “conspiranóicas”!