Em entrevista, Moro pede nome de um inocente preso na Lava Jato e apresentador diz: “LULA!”

O apresentador do Flow Podcast, Monark, e o ex-juiz Sergio Moro durante entrevista no programa


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

No Flow Podcast, Monark não hesita em mencionar o nome do ex-presidente ao associá-lo com a argumentação do ex-juiz parcial

“Me diz aí, um cara inocente que foi preso na Lava Jato“, pediu Moro em entrevista ao programa Flow Podcast.

LULA!“, respondeu rapidamente o apresentador Monark.

Mas Moro ocultou que mais pessoas inocentes tiveram a prisão decretada por ele (Leia após o vídeo).

Veja abaixo e leia mais a seguir:

É falso que nenhuma pessoa inocente tenha sido presa na Operação Lava Jato, como disse Sergio Moro. Há pelo menos dois casos de pessoas que foram presas preventivamente na operação e depois foram absolvidas pela Justiça, sendo uma delas pelo próprio Moro.

O UOL Confere checou essa e outras declarações do juiz parcial durante a entrevista.

Sobre a afirmação de que nenhum inocente foi preso, o primeiro caso é o de Mateus Coutinho de Sá, ex-diretor da construtora OAS. Ele foi preventivamente, tendo ficado encarcerado de novembro de 2014 a abril de 2015. Ao deixar a cadeia, cumpriu prisão domiciliar. Em agosto de 2015, Coutinho foi condenado em primeira instância por Moro a 11 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em novembro de 2016, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) absolveu o ex-diretor da OAS.

O segundo caso é o de Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, que teve a prisão preventiva decretada por Moro em novembro de 2014. Se entregou 11 dias depois da ordem de prisão, e ficou quatro dias na cadeia. A detenção preventiva foi revogada pelo próprio Moro, que depois o absolveu dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A absolvição foi mantida pelo TRF-4.

Além destes casos, há pessoas que foram presas durante a Lava Jato e não foram absolvidas pela Justiça, mas tiveram condenações anuladas. No caso de maior repercussão, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que Moro foi parcial no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá (SP). O ministro Gilmar Mendes, integrante da corte, concedeu à defesa a extensão da suspeição para todos os atos de Moro em processos contra o ex-presidente. O Supremo já havia anulado as condenações ao petista por avaliar que os casos não deveriam ter sido julgados em Curitiba.

Para advogados, mesmo sem a absolvição nos tribunais, a anulação das sentenças faz com que Lula também possa ser considerado inocente, já que não há nenhuma condenação contra ele.

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