Em “Haja paciência!“, Dorrit Harazim argumenta, com palavras de outro autor, que precisamos recuperar o sentimento de que a vida humana no Brasil não é absurda nem insensata
Iniciado o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “começamos a reconstruir pequenas casas, refazer pequenas esperanças. O trabalho é árduo: o caminho para o futuro não será tranquilo. Apesar de tudo, damos a volta, arrastamo-nos sobre as pedras. Só nos resta viver, não importa quantos céus tenham caído”, escreve Dorrit Harazim, no Globo.
A jornalista reproduz trecho de ‘O amante de Lady Chatterley’, de D. H. Lawrence, mas deixando no leitor a impressão de que as linhas poderiam “servir para retratar o estado atual da nação brasileira. São muitos os céus que caíram e não param de cair sobre o país“, diz.
Nesta semana, o recém-empossado governo Lula teve de lidar com nova vertente do infame ‘8 de Janeiro‘, escreve a jornalista, referindo-se à “denúncia” de que Jair Bolsonaro participara de uma trama para grampear e tirar do caminho o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Para Dorrit, “a sanha da extrema direita em brecar o governo Lula 3 já deu sinais suficientes de que rondará Brasília enquanto não for cortada sua raiz“.
A jornalista recomenda a leitura de texto de autoria de Rubens Ricupero, escrito após a vitória de Bolsonaro em 2018, sobre “respostas para o fato de o Brasil nunca chegar a lugar algum“, disponível no site da ABL (Academia Brasileira de Letras).
Para o autor, naquele início da era bolsonarista, era preciso dar um sentido à História, recuperar o sentimento de que a vida humana no Brasil não é absurda nem insensata. Devolver ao país não uma esperança qualquer, mas a definida por Walter Benjamin: “É apenas por causa dos que não têm esperança que a esperança nos foi dada“.

Um mais três somam QUATRO!
LULA tem direito a mais um mandato.
PT Saudações!