PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
A atriz falou sobre o “período tenebroso [ditadura] que alguns aí clamam de volta”: “Não tem nada pior. É insuportável você não ter liberdade”, disse ainda, durante participação no programa Altas Horas, da TV Globo
O apresentador do programa da rede Globo Altas Horas, Serginho Groisman, pergunta à atriz Marieta Severo: “Em 13 de dezembro de 1968 veio o AI-5. E para o Brasil inteiro, mais falando do teatro e das artes, houve uma censura muito grande. Que peça você encenava nessa época?”
Marieta Severo respondeu: “Eu tinha acabado de fazer o ‘Roda Viva’, aqui no Rio de Janeiro, aí foi pra São Paulo, eu não pude ir e estava grávida”.
“Então, aconteceu foi isso: nós saímos do Brasil em janeiro, pra ficar vinte dias e voltar, mas aí teve toda a história, Caetano [Veloso] foi preso, [Gilberto] Gil foi preso, a gente foi fazer muito recado que se o Chico [Buarque de Holanda] voltasse ele ia ser preso”.
“Então eu ‘tava’ com barrigão, aí a gente falou: “Bom, não vamos voltar”, e aí nossa Silvinha [Sílvia Severo Buarque de Hollanda Díaz] nasceu na Itália por causa disso.
Sílvia nasceu em Roma, em 28 de março de 1969, e tem como padrinho de batismo o saudoso poeta e diplomata Vinícius de Moraes. Ela tem também o sobrenome do ator mexicano naturalizado brasileiro, Chico Díaz.
“Ficamos mais um ano lá, mais por causa desse período tenebroso que alguns aí clamam de volta”, disse.
“Mas eu com a minha experiência, a minha vivência, de ter passado por esses períodos todos, eu digo que não tem nada pior: É insuportável você não ter liberdade, é insuportável viver sem democracia“.
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