“É importante que a gente transforme a política numa arte, numa cultura civilizada”, diz Lula a governadores

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante encontro com governadores no Palácio do Planalto em 27.1.2022 | Imagem reprodução YouTube | Lula/YouTube

“A gente não era inimigo, mas simplesmente adversário; o Brasil precisa voltar à normalidade”, disse o Presidente do Brasil durante reunião com gestores de Estados na manhã desta sexta-feira (27/1): “Esse é um dos papeis que eu acho que eu posso cumprir nesse País

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu, na manhã desta sexta-feira (27/1), com governadores de Estados, no Palácio do Planalto, onde afirmou que “o Brasil prescisa voltar à normalidade“.

O chefe do Executivo argumentava sobre seu desejo de tornar a política brasileira “mais civilizada” e lembrou que no passado “a gente não era inimigo, mas simplesmente adversário. E isso precisa voltar a acontecer nesse País“.

Em cada Estado que eu for eu irei visitar o gabinete do governador, a não ser que ele não queira. Se ele não quiser eu também não posso fazer nada, não vou fazer que nem os terroristas e invadir o gabinete do governador“, brincou Lula.

Eu não quero chegar no Estado e ter o governador como inimigo, porque o governador votou em outro partido político ou porque o governador votou em Fulano e Beltrano“, completou, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que tinha por hábito não conversar gestores de partidos da oposição.

Isso não haverá na minha cabeça e eu já dei provas disso nos oito anos que eu governei esse País“, prosseguiu. Eu quero assumir que o compromisso com governadores voltará à normalidade. O meu gabinete e o gabinete dos ministros estarão abertos a todos os governadores, a todos os prefeitos, nós vamos reconstruir a sala dos prefeitos na Casa Civil, vamos reconstruir em cada superintendência da Caixa Exonômica Federal uma sala para que os prefeitos do interior visitem a Caixa Econômica e discutam sem precisar ficar correndo atrás de deputado aqui em Brasília.

Lula disse ainda que seu governo fará “com que os governadores se sintam totalmente à vontade, para virem a hora que quiserem, e nós, quando quisermos visitar um Estado, a primeira pessoa que nós pretendemos conversar é com o governador do Estado. Ele será a pessoa a quem nós primeiro vamos comunicar que vai ao Estado fazer tal ou qual coisa para que o governador esteja preparado“, disse o Presidente.

E vamos orientar aos nossos ministros: pra cada viagem que o ministro fizer ao Estado, eles avisem a todos os parlamentares do Estado independentemente a que partido pertence o deputado“, afirmou o chefe do Executivo. “É importante que a gente transforme a política numa arte, numa cultura civilizada. Afinal de contas, é essa a coisa mais importante que a gente pode passar ao povo brasileiro“.

É acabar com as ofensas que muita gente sofre no aeroporto, no shopping, no restaurante. Esse País nunca foi assim”, disse Lula. “Esse País sempre foi alegre. Esse País gostava de futebol. Gostava de samba. Gostava de carnaval. A gente fazia política divergente e depois a gente se encontrava e conversava. A gente não era inimigo, a gente era simplesmente adversário e isso tem que voltar a acontecer no País e esse é um dos papéis que eu acho que eu posso cumprir nesse País“.

É tornar a política brasileira mais civilizada, mais humanista, mais democrática e muito mais solidária. Da minha parte, eu quero que os governadores saibam que a porta do gabinete estará aberta, o telefone estará pronto para atender qualquer demanda”. Segundo Lula afirmou, nenhum governador tem que ter “preocupação de telefonar para falar bem do Presidente“, mas sim para “cobrar do Presidente“.

Se a gente vai poder atender ou não, isso é outros quinhentos, mas o que a gente não pode é deixar de ter essa ação, essa reunião, essa coisa muito civilizada que o Brasil precisa“, pontuou Lula.

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1 comentário em ““É importante que a gente transforme a política numa arte, numa cultura civilizada”, diz Lula a governadores”

  1. Adolfo Brás Sunderhus

    Atitude digna de um.estadista e de quem pensa na coletividade e em toda sociedade garantindo assim o desenvolvimento sustentável para todos e todas e não o crescimento de uma minoria.

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