Imagem reprodução da matéria no jornal espanhol El País sobre a importância de se eleger LULA para a União Europeia
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
“A importância de LULA para a estabilidade da região são os principais motivos pelos quais vale a pena uma reaproximação da esquerda europeia ao possível próximo presidente do Brasil“, destaca o jornal
“É animador porque até hoje quem foi fundador do Partido dos Trabalhadores parece ser o único candidato com capacidade de derrotar Bolsonaro, um presidente que desprezou a vida humana e a autoridade da ciência durante a pandemia, levando seu país a uma das maiores taxas de mortes por covid-19 do planeta“, diz o editorial do jornal espanhol El País, nesta segunda-feira (22/11).
“Desde que Bolsonaro se tornou presidente em 2019, ele segue o conhecido manual do populismo autoritário. Infligiu danos incalculáveis às normas constitucionais e dividiu e polarizou sua sociedade: desacreditou a política e desprezou a verdade, ao mesmo tempo que promove teorias de conspiração negativas“, escrevem os redatores espanhóis .
“O próprio futuro da democracia no Brasil está em jogo“, destaca.
“O resultado [da eleição de 2022] terá inevitavelmente um grande impacto em todo o continente na próxima década devido à capacidade de irradiação de um país que havia sido considerado um exemplo democrático de economia emergente“.
“Lula mostrou sua sensibilidade para com a pobreza e por justiça social em uma área duramente atingida pela desigualdade. Mas também para questões como mudanças climáticas, diversidade e qualidade democrática. Sua visão em termos de valores e governança global multilateral dá sentido a essa conversa entre famílias progressistas dos dois continentes. A construção de uma agenda comum surge num momento em que os problemas internos europeus continuam a aprofundar o inexplicável vazio e desinteresse da União por uma região com a qual é essencial estabelecer uma aliança estratégica para lutar por objetivos comuns como as alterações climáticas e uma globalização que limita os excessos da última década. Lula deixou em seu rastro na Europa a mensagem de que o Brasil não é o Bolsonaro e de que uma esquerda democrática, realista e disposta a lutar contra a desigualdade é possível“.