CPMI dos Atos Golpistas já contabiliza 100 pedidos de quebras de sigilo incluindo Jair Bolsonaro

Comissão vai começar investigando financiadores e também incluirá os ataques feitos à sede da PF e a tentativa de explosão de um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro pretende começar as investigações a partir dos financiadores de ataques promovidos em Brasília e já conta com 100 pedidos de quebras de sigilo, o que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A CPI Mista deve se reunir nesta quinta-feira (1/6), a partir das 9h.

O colegiado também incluirá nas investigações os ataques feitos à sede da PF e a tentativa de explosão de um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília.

Segundo a relatora senadora Eliziane Gama (PSD-MA), os três ataques estão interligados, e os dois primeiros foram uma espécie de preparativo para o que ocorreu em 8 de janeiro.

Assim, os primeiros requerimentos que devem ir à pauta para aprovação dos membros serão aqueles que envolvem a convocação e a quebra de sigilo dos suspeitos de serem financiadores, sejam física ou jurídica.

Até o momento, já foram enviados 100 requerimentos para quebras de sigilos de pessoas relacionadas aos ataques golpistas.

Segundo o ‘g1‘, houve pedidos para quebras de sigilo de Jair Bolsonaro; Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens; Ailton Barros, ex-militar ligado a Mauro Cid; Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI do governo Lula; José Eduardo Natale, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI; George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explodir um caminhão de combustível em Brasília; Wellington Macedo de Souza, também envolvido na tentativa de explodir o caminhão e Alan Diego dos Santos Rodrigues, também envolvido no caso dos explosivos.

CPI dos Atos Golpistas recebe quase 400 requerimentos
Além desses, há alguns requerimentos de quebras de sigilos de pessoas que participaram dos ataques e que podem estar diretamente ligadas com parlamentares eleitos ou que ocupavam cargo legislativo, mas não se reelegeram. Eles teriam prestado serviços durante a campanha de 2022.

São pessoas com suspeita de relação com parlamentares.

Relatórios de inteligência financeira
Também foram apresentados oito pedidos de acesso a Relatórios de Inteligência Financeira, conhecidos como RIF, produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

Os RIFs são documentos produzidos quando o Coaf identifica movimentações consideradas suspeitas entre empresas ou pessoas físicas, que podem estar relacionadas a lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.

Os pedidos são para pessoas ligadas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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