“Contrabando de joias é só a cereja do bolo da corrupção de Bolsonaro”, diz Gleisi Hoffmann

Michelle adiou viagens, o Partido Liberal vê estrago nas redes sociais e o ex-presidente não consegue explicar suposto crime

A deputada federal pelo Paraná e Presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira (6/3), em seu perfil no Twitter, que o “contrabando de joias” é só a cereja do bolo da corrupção de Bolsonaro“.

A parlamentar acrescentou que “rachadinha, orçamento secreto, compra de votos, invasão de dados de desafetos” fizeram parte do governo de quem chamou de “genocida“, que “usou e abusou do poder público para si e para os seus“, além de posar “de simples mas no fim a ganância era grande“.

Por conta do grave assunto envolvendo o governo do antecessor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PL (Partido Liberal) montou uma estratégia de urgência para abafar o escândalo das joias de R$ 16,5 milhões dadas pela monarquia saudita ao casal Bolsonaro, que tentou trazer os objetos ilegalmente para o Brasil.

Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, do Globo, o objetivo é  evitar a exposição pública da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro “até a poeira baixar”.

Até então, Michelle vinha ampliando as aparições públicas e nas redes sociais visando fortalecer o partido junto ao eleitorado feminino para a campanha de 2024, por meio do comando do PL Mulher.  Um dos destaques previstos até então era capitalizar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. 

O discurso oficial para justificar a nova rota é que a data já tem muitas pautas da esquerda e que Michelle não deve, por hora, se expor. Nos bastidores é falado abertamente que ela precisa ‘ficar preservada’ neste momento, destaca a reportagem. Integrantes do PL também criticaram a reação de Michele após o escândalo ser revelado pela imprensa e afirmam que ela “não entendeu a gravidade do caso e a repercussão negativa para sua imagem e, por consequência, para o PL, que aposta alto na esposa de Jair Bolsonaro”, diz o texto da jornalista.

O PL, que vem mantendo silêncio sobre o caso desde que o caso foi revelado, deverá realizar uma reunião nesta segunda-feira (6/3) para discutir o escândalo. As discussões deverão ter como base uma pesquisa interna apontando a forte repercussão negativa nas plataformas e “avaliar as respostas possíveis, incluindo como reagir nas redes digitais”.

A Polícia Federal deverá abrir um inquérito nesta segunda-feira (6) para investigar possíveis ilegalidades na entrada das joias no Brasil. Os objetos foram apreendidos pela Receita Federal em 2012 e o governo Bolsonaro tentou reaver o material em pelo menos oito ocasiões diferentes. 

Enquanto isso, segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, no Globo, dirigentes do partido avaliam que “o estrago nas redes sociais foi enorme”, e afirma que “tudo isso seria uma ‘armação do PT’ em resposta ‘ao crescimento de Michelle nas redes sociais’”.

O PL deverá fazer uma reunião nesta segunda-feira (6) para discutir o caso. As discussões deverão ter como base uma pesquisa interna apontando a forte repercussão negativa nas plataformas e “avaliar as respostas possíveis, incluindo como reagir nas redes digitais”. 

Quanto ao principal personagem do caso, Jair Bolsonaro está assustado e ainda não encontrou uma forma de responder às denúncias.

O jornalista Lauro Jardim escreveu, no Globo: “Depois de dois dias em Washington, Jair Bolsonaro retornou ontem à noite à casa onde está hospedado em Orlando ‘assustado com a repercussão’ do caso das joias de R$ 16,5 milhões, de acordo com um ex-auxiliar que conversou com o ex-presidente. Apesar disso, até ontem à noite, Bolsonaro se recusava a voltar a falar no assunto publicamente. E nem pretendia gravar um vídeo, como lhe foi sugerido, para se explicar diretamente aos seus eleitores“.

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