Consumo nos lares do Brasil cresceu 8,85% em março, diz Associação Brasileira dos Supermercados

Foi o maior resultado para o mês desde 2021 quando o indicador encerrou o mês em alta de 11,11%. Neste ano, houve forte influência do consumo sazonal da Páscoa comemorada em 31 de março




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ABRAS

Associação Brasileira dos Supermercados – O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 8,85% em março na comparação com fevereiro – maior resultado para o mês de março desde 2021 quando o indicador encerrou o mês em alta de 11,11%. Neste ano, houve forte influência do consumo sazonal da Páscoa comemorada em 31 de março.

Na comparação interanual – março de 2024 x março de 2023 – o indicador registrou alta de 3,13%. No trimestre, o Consumo acumula alta de 2,04% – patamar próximo das projeções do setor para 2024, de 2,5%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O reajuste real do salário-mínimo quando o mercado de trabalho está mais aquecido – na comparação ao mesmo período do ano anterior – tem influência direta no consumo no domicílio. Outro aspecto relevante vem do desembolso feito por consumidores contemplados com o pagamento dos precatórios em janeiro, bem como daqueles que receberam os recursos antecipados em fevereiro”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

Ao final de dezembro foram liberados o pagamento de R$ 93 bilhões em precatórios que trouxe efeito no consumo a partir de janeiro. Outro montante foi liberado ao final de fevereiro quando o governo federal adotou como medida de estímulo à economia a antecipação do pagamento de R$ 30,1 bi em precatórios.

Dentre outros recursos injetados na economia neste trimestre estão os pagamentos de cerca de R$ 43,14 do Bolsa Família, de R$ 566,3 milhões do Auxílio-gás (fevereiro), dois lotes do PIS/PASEP – montante estimado de R$ 28 bi para o calendário 2024, lotes residuais de imposto de renda estimados em R$ 643 mi e R$ 4,7 bi em Requisições de Pequeno Valor (INSS).

Nos próximos meses, o consumo tende a ser influenciado pelo montante de R$ 67,6 bilhões de reais do pagamento antecipado do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS e pelos recursos do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que deve injetar R$ 6 bilhões no mercado ao longo do ano de 2024.

Abrasmercado: preços do arroz, do óleo de soja e da farinha de trigo recuam em março

Após sete altas consecutivas, o preço do arroz caiu 0,90% em março, na média nacional. A queda mais expressiva do cereal foi registrada na região Sul (-5,13%).

O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza – recuo 0,16% em março. Os preços da cesta passaram de R$ 738,49 para R$ 737,33, na média nacional.

Dentre os produtos básicos, as principais quedas de preços foram puxadas por óleo de soja (-2,75%), farinha de trigo (-1,47%), farinha de mandioca (-1,27%), arroz (-0,90%), massa sêmola de espaguete (-0,40%). As altas vieram do café torrado e moído (+1,08%), do feijão (+0,78%), do açúcar (+0,36%). Após sete altas consecutivas houve deflação no preço do arroz nas cinco regiões analisadas, com destaque para a queda registrada na região Sul (-5,13%). As demais variações no preço do cereal por região foram: Centro-Oeste (-1,21%), Norte (-1,08%), Sudeste (-0,81%) e Nordeste (-0,68%).

Na cesta de produtos lácteos, as principais altas vieram do leite longa vida (+2,63%), leite em pó integral (+0,15%). Já as quedas foram registradas na margarina cremosa (-1,19%) e nos queijos muçarela e prato (-0,94%).

Na cesta de proteína animal houve recuo nos preços da carne bovina – corte traseiro (-2,59%) e do pernil (-0,30%). Já as altas foram puxadas por ovos (+4,59%), frango congelado (+0,77%) e carne bovina – corte dianteiro (+0,82%). Ambos os cortes bovinos, no entanto, registram queda acumulada nos três primeiros meses do ano. Corte do traseiro (-2,18%) e corte do dianteiro (-1,52%).

Nos hortifrutigranjeiros, a maior queda foi registrada na batata (-14,83%). Outros itens como cebola (+14,34%) e tomate (+9,85%) continuaram pressionando os preços. De janeiro a março, as principais altas acumuladas neste grupo vêm da cebola (+15,93%) e do tomate (+13,20%).

Na categoria de higiene e beleza, as variações nos preços em março foram: creme dental (+0,51%), sabonete (-0,36%), papel higiênico (-0,04%).

Na cesta de limpeza as altas foram registradas em água sanitária (+0,99%) e desinfetante (+0,03%). Os demais itens seguiram tendência de baixa nos preços, dentre eles sabão em pó (-1,19%), detergente líquido para louças (-0,18%). No acumulado do trimestre, todos os itens desta categoria registram deflação: sabão em pó (-2,20%), detergente líquido para louças (-0,44%), água sanitária (-0,44%), desinfetante (-0,21%).

Na análise regional, em março, três regiões encerram o mês com quedas nos preços: Sudeste (-0,49%), onde a cesta passou de R$ 749,02 para R$ 745,36 seguida por Centro-Oeste (-0,47%) que passou de R$ 694,54 para 691,31 e Sul (-0,24%) que passou de R$ 822,30 para R$ 820,32. Já as regiões com alta de preços foram Nordeste (+0,35%) saindo de R$ 665,15 para R$ 667,50 e Norte (+0,22%) passando de R$ 820,51 para R$ 822,34.

Cesta de 12 produtos básicos alta 0,32%

Óleo de soja, arroz, farinha de trigo, margarina cremosa, massa sêmola de espaguete puxaram as principais quedas da cesta. Leite longa vida e feijão registraram alta nos preços

No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 0,32% em março, passando de R$ 310,03 para R$ 311,02.  As principais quedas de preços foram registradas em óleo de soja (-2,75%), farinha de trigo (-1,47%), farinha de mandioca (-1,27%), arroz (-0,90%), queijo (-0,62%), massa sêmola de espaguete (-0,40%). Já as altas vieram do leite longa vida (+2,63%), do café torrado e moído (+1,08%), do feijão (+0,78%), do açúcar refinado (+0,36%).




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