Cobiça de Moro o fez atropelar Lula para chegar onde está e agora dança a música de Bolsonaro enquanto sonha com ‘vaguinha’ no STF?

Moro teve seus dias de glória. Foi o nome mais falado, invejado, respeitado, em um passado recente, mas tudo por sua perseguição implacável a Lula, que acabou sendo condenado sem provas pelo ex-juiz da Lava Jato. A figura de Moro, para os mais perspicazes entendedores, é a projeção de Lula por meio de uma não concepção. Moro é quem é por ter golpeado o ex-presidente com a maior das injustiças que a Justiça brasileira poderia cometer contra o maior estadista que o Brasil já teve; uma grande farsa.

Celso Rocha de Barros, colunista da Folha, diz que agora o ex-juiz Sergio Moro descobriu não ter autonomia nem para nomear figuras de terceiro escalão e avalia que o preço de sua participação no governo Bolsonaro é alto demais:

O superministro Moro não tem autonomia para nomear, para a suplência de um conselho consultivo, alguém de quem os seguidores do presidente da República no Twitter não gostem“, aponta, em artigoO Jair é isso, Moro. Não vai mudar.”

Techos significativos de sua matéria são expressos em frases como: “Suspeito que Sergio Moro, como muita gente que votou em Bolsonaro, tenha comprado a ideia de que o Jair era um político normal, que faria um governo de direita normal. Não é” e “Por fim, um aviso. O senhor topa aderir ao programa ‘Viktor Orbán’ de Bolsonaro? O senhor topa acobertar as picaretagens dos bolsonaristas, discriminar minorias, perseguir adversários do governo? Se não topar, cuidado. Porque na hora em que abrir vaga no STF, a Ilona pode ser o senhor“. Leia a transcrição da matéria abaixo:

O Jair é isso, Moro – Na hora em que abrir vaga no Supremo, a Ilona pode ser o senhor

A cientista política Ilona Szabó é uma especialista respeitada na área de segurança pública. Ao contrário do ministro do Meio Ambiente e da ministra dos Direitos Humanos, seus diplomas são de verdade, ela foi lá na faculdade, estudou, passou na prova, recebeu o título.

Seu currículo justifica sua nomeação para uma suplência do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Mas suspeito que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, também a tenha nomeado para testar quanta autonomia, de fato, ele tinha.

Se foi isso, descobriu.

O superministro Moro não tem autonomia para nomear, para a suplência de um conselho consultivo, alguém de quem os seguidores do presidente da República no Twitter não gostem.

Szabó durou muito menos no cargo do que Murilo Resende Ferreira, indicado pelo ministro da Educação para organizar o Enem. Ferreira foi acusado de plagiar um texto de extrema-direita sobre “Escola de Frankfurt e feiura”. É até difícil saber o que era pior, ser de extrema-direita, ser plágio, ou ser sobre “Escola de Frankfurt e feiura”.

Mesmo depois das acusações, Ferreira foi realocado em outro cargo, ao contrário do que aconteceu com Szabó

E contra ele não houve uma insurreição virtual como a da semana passada. Bolsonaro não o demitiu no dia seguinte às acusações, porque, afinal, pelo menos o texto plagiado era de extrema-direita. O trabalho 
original de Szabó não é.

O Jair é isso, Moro. Não vai mudar.

Suspeito que Sergio Moro, como muita gente que votou em Bolsonaro, tenha comprado a ideia de que o Jair era um político normal, que faria um governo de direita normal. Não é.

Na semana passada, Jair elogiou o ex-ditador pedófilo do Paraguai. O ministro da Educação tentou implementar um projeto de culto ao líder nas escolas. Vetaram a nomeação de Ilona Szabó

Tudo isso em cinco dias.

Se as coisas não pareciam estar indo nessa direção até agora, era porque o Jair estava de licença médica. 

Coisas que parecem bizarras em um presidente democrata fazem todo sentido em um ditador. Em várias 
ditaduras membros da família do ditador fazem o papel de instituições de governo.

Bolsonaro não tem ideia sobre como negociar com o Congresso, mas vocês têm certeza de que ele quer negociar com o Congresso? O purismo que se manifestou no caso Szabó é bizarro para um gestor de nosso presidencialismo de coalizão, mas em movimento fascista é a regra.

Para contraste: a esta altura do governo Lula, empresários e fazendeiros ocupavam posições chave no ministério. Palocci havia chamado a turma liberal do “Agenda Perdida” para sua equipe na Fazenda. O presidente do Banco Central era um deputado eleito pelo PSDB.

Fernando Henrique Cardoso nomeou como ministro da Cultura Francisco Weffort, um dos maiores intelectuais petistas.

Não, não é porque PT e PSDB fossem todos comunistas. É porque ambos disputavam a política democraticamente, e tinham todo interesse do mundo em conquistar eleitores do outro lado.

Não são esses os planos do chefe, ministro.

Por fim, um aviso. O senhor topa aderir ao programa “Viktor Orbán(*) de Bolsonaro? O senhor topa acobertar as picaretagens dos bolsonaristas, discriminar minorias, perseguir adversários do governo? 

Se não topar, cuidado. Porque na hora em que abrir vaga no STF, a Ilona pode ser o senhor.


Celso Rocha de Barros Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).

* Viktor Orbán

O novo programa educacional do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, alcançou um novo patamar, reiterando a decisão de excluir os estudos de gênero da lista de diplomas oficiais do país. No Brasil, onde a disciplina chegou a ser chamada de “ideologia de gênero”, o debate sobre o assunto provocou controvérsia. Orban pode ser descrito como um personagem controverso. Recentemente, seu país foi alvo de um procedimento inédito da União Europeia, quando o Parlamento Europeu votou, em 12 de setembro, o artigo 7.º do Tratado do bloco, que poderá punir Budapeste por supostos ataques ao Estado de Direito. Neste momento, segundo o jornal Le Monde , “a Hungria de Orban escolheu um novo inimigo e dá início a uma cruzada contra os estudos de gênero”. O jornal francês lembra que, em 14 de agosto, o executivo húngaro anunciou a decisão de remover “estudos de gênero” da lista de diplomas com credenciamento oficial, lançando “a pedra fundamental para o projeto cultural e intelectual da ‘nova era’, anunciado por Orban após sua reeleição, em 8 de abril”. A remoção dos estudos de gênero da grade escolar e acadêmica húngara será efetivada neste mês de setembro, segundo o vespertino.

Dino Barsa para o Et Urbs Magna via Folha de SP/Brasil247

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