A União Europeia teve pressa porque sabe que estamos em uma situação muito frágil. E quando se está em uma situação frágil, se negocia qualquer coisa. Isso me deixa preocupado. Eu temo que tenham sido feitas concessões excessivas”, afirmou Celso Amorim
O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim afirmou em entrevista à BBC Brasil que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia foi firmado às npressas porque a UE sabe que estamos “no pior momento possível” em termos do equilíbrio de forças entre as partes, em momento de “grande fragilidade negociadora”
“Acho que por isso a União Europeia teve pressa. Porque sabe que estamos em uma situação muito frágil. E quando se está em uma situação frágil, se negocia qualquer coisa. Isso me deixa preocupado. Eu temo que tenham sido feitas concessões excessivas”, afirmou Amorim, que foi chanceler durante dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
“O momento é o pior possível em termos da capacidade negociadora do Mercosul, porque os dois principais negociadores, Brasil e Argentina, estão fragilizados política e economicamente”, diz Amorim, que foi chanceler durante dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O ex-chanceler disse ainda que o alinhamento do Brasil aos Estados Unidos do presidente Donald Trump também deve ter contribuído para que os europeus se apressassem a firmar um acordo. “Com toda a adesão do Brasil (aos EUA), talvez tenham visto nisso uma oportunidade de agir logo, como quem diz, ‘vamos pegar agora o que dá, e depois a gente discute o resto’”, considera Amorim.
Amorim enfatiza não ser contra a ideia do acordo e enfatizou que desconhece os termos que foram firmados, mas que a notícia é recebida por ele “com um pé atrás”.
“O diabo mora nos detalhes, e a minha suspeita é que os detalhes não devem ser bons”, considera.
Via BBC
Sim. Os termos do acordo são os piores possíveis para o Brasil. Mais um passo gigantesco rumo ao abismo. Tudo, absolutamente tudo que vem sido feito nos últimos tempos visa tão somente a completa destruição socioeconômica do Brasil, com o propósito de impedir definitivamente que este país volte a crescer. Tudo para assegurar que o Brasil não deixe de ser o quintal dos Estados Unidos.