Alckmin diz na GloboNews que vai privatizar os Correios
Tucano deu a entender que, se eleito for, privatizará todas as empresas públicas e estatais, como Temer está tentando fazer, com a exceção da Petrobras e do Banco do Brasil
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O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à presidência pelo PSDB indicou, em sabatina na GloboNews na noite desta quinta-feira (2), que seguirá os caminhos de Temer e entregará, caso eleito, a maior parte das empresas e serviços públicos e estatais ao mercado internacional.
Ele revelou que pretende privatizar a maior parte das estatais, com exceção do Banco do Brasil e da Petrobras. Na sua lista de privatizações está, entre outras companhias, os Correios, uma empresa estratégica, lucrativa e essencial para a integração nacional.
“O Estado deve ser planejador, regulador e fiscalizador, ele não deve ser empresário”, afirmou. O governo Temer já vem sucateando os Correios com o objetivo de privatizá-lo. “A privatização dos Correios é um golpe na soberania nacional. Os serviços prestados são imprescindíveis para a população e para o desenvolvimento do Brasil”.
Mesmo contando com a simpatia da maioria dos entrevistadores da Globo News, o candidato tucano não conseguiu empolgar e demonstrou grande dificuldade no discurso. Com falas pausadas e lentas, o programa se tornou enfadonho.
Mantendo o discurso de “simplicidade” e definindo a si como uma pessoa austera que mora há muitos anos no mesmo apartamento, repetiu diversas vezes “trabalho, trabalho e trabalho” e o outro mantra repetitivo foi “compete, compete e compete”.
Já ao explicar os problemas com o envolvimento de superfaturamento das obras do Rodoanel, até se saiu bem, ao demonstrar as contingências surgidas na geologia da obra. Porém, sentiu grande dificuldade em convencer sua relação com Paulo Preto.
Quanto à relação do PSDB com o golpe de 2016 e no governo de Michel Temer, justificou que quem escolheu Temer como vice foi o PT e seus aliados e afirmou que o governo carece de legitimidade, por não ter tido votos. Nesse mesmo sentido, foi questionado por fazer parte de um governo ao qual caracteriza como sem legitimidade e não conseguiu explicar a relação dos partidos do centrão que compõem o atual governo, em fazer parte de sua campanha.
Mais a diante, também não conseguiu explicar como foi privilegiado na coligação de sua campanha ao fato de fazer parte do governo Temer. Quando tentou questionar e criticar o governo do golpe, foi questionado com o fato de Aloysio Nunes do PSDB ainda estar presente no governo.
O resumo do restante do enfadonho programa e da participação de Alckmin seria: “Vou privatizar sim” e “Não há condições do governo bancar pós-graduação gratuita”. Questionado por Mário Sérgio Conti se o eventual governo tucano iria acabar com a educação superior gratuita, se esquivou e disse que é um ponto não decidido por sua equipe. Mas, também não convenceu.
Aécio Neves, ex-presidente nacional do PSDB, passou por alguns segundos ao tema, com uma pergunta bem feita por Miriam Leitão, contudo, o assunto não prosperou e os entrevistadores fizeram parecer que não passou de um ato no estilo “só pra não dizer que não falei”.
Quanto aos jornalistas, destacam-se Mario Sérgio Conti que manteve a linha imparcial e respeitosa, Gerson Camarotti que também foi bem, em conjunto com Roberto D’ávila, até mesmo Fernando Gabeira chegou a ser mediano para medíocre. Miriam Leitão foi uma mãe de tucano, Valdo Cruz foi “Valdo Cruz”, Merval Pereira foi o bocó de sempre, Sadi parecia estar em Brasília (distante) e Cristiana Lobo foi discreta.
Ninguém atacou e mesmo assim, Alckmin apanhou sozinho.
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