Et Urbs Magna, 20 de setembro de 2018, 09:20GMT
Revista ‘The Economist’ chama Bolsonaro de ‘ameaça para a América Latina’
Matéria de capa da publicação diz que o presidenciável do PSL seria ‘presidente desastroso’.
A matéria de capa da revista britânica ‘The Economist’, publicada nesta quinta-feira (20), classifica o presidenciável Jair Bolsonaro como “a mais recente ameaça para a América Latina”. Segundo a publicação, o candidato seria “um presidente desastroso”.
A capa mostra uma fotografia estilizada do candidato com as cores do Brasil. Os dizeres “Bolsonaro Presidente” aparecem sobrepostos à imagem de Bolsonaro. Ao lado, a chamada: “Latin America’s latest menace” (a mais recente ameaça da América Latina).
O texto diz que Bolsonaro é o mais recente em um “desfile de populistas”. O texto compara o candidato do PSL a políticos de diferentes matizes do espectro político, como Donald Trump (presidente dos Estados Unidos) e Rodrigo Duterte (presidente das Filipinas), Matteo Salvini (premiê da Itália) e Andrés Manuel López Obrador (presidente eleito do México).
“O senhor Bolsonaro seria uma adição particularmente desagradável ao clube. Ele vencendo poderia colocar em risco a democracia sobrevivente do maior país da América Latina”, diz o texto.
Brazil is in desperate need of reform, but Jair Bolsonaro would make a disastrous president. Our cover this week https://t.co/3IGmJT3Sbw pic.twitter.com/sNAzaXRH3n
— The Economist (@TheEconomist) September 20, 2018
Economia liberal e autoritarismo
Na matéria, a “The Economist” afirma que a América Latina “já experimentou mistura de autoritarismo na política com economia liberal”, mencionando o conselheiro econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes.
A revista cita a ditadura chilena de Augusto Pinochet (1973-1990) como um exemplo dessa combinação em que, diz o texto, “abriu terreno para a atual prosperidade relativa no Chile, mas sob um terrível custo humano e social”.
A “The Economist” também mencionou o que chamou de “desastres na América Latina” causados por “valentões”, citando a Venezuela e a Nicarágua.
No entanto, o texto afirma que Bolsonaro “dificilmente será capaz de converter seu populismo em uma ditadura estilo Pinochet, mesmo se ele quisesse”. Ainda assim, a “The Economist” diz que “a democracia no Brasil ainda é jovem”. “Mesmo um flerte com o autoritarismo é preocupante.”
“Todos os presidentes brasileiros precisam de uma coalisão no congresso para passar leis. O sr. Bolsonaro tem poucos amigos políticos. Para governar, ele poderia ser levado a deteriorar a política ainda mais, potencialmente abrindo caminho para alguém ainda pior”, diz a “The Economist”.
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