Bolsonaro “cada vez que abre a boca, alastra a praga e espalha veneno”, diz jornalista

O Presidente “é como o vampiro de um conto de terror, insaciável em sua sede de sangue“, escreve Cristina Serra. “Com o nível de contaminação no Brasil, falar contra o uso de máscaras é, praticamente, tentativa de homicídio

Bolsonaro “cada vez que abre a boca, alastra a praga e espalha veneno“, diz a jornalista Cristina Serra, na Folha de S. Paulo deste sábado (12). O Presidente “é como o vampiro de um conto de terror, insaciável em sua sede de sangue“, escreve. “Com o nível de contaminação no Brasil, falar contra o uso de máscaras é, praticamente, tentativa de homicídio“, prossegue em mais outro texto sobre a proposta de banir o uso de máscara, feita pelo presidente na quinta-feira, o que especialistas consideram uma temeridade e defendem que, mesmo após vacinadas, as pessoas precisam usar a proteção e evitar aglomerações. Leia o texto de Serra a seguir:

Jair Bolsonaro é como o vampiro de um conto de terror, insaciável em sua sede de sangue. Ele deu prova disso, mais uma vez, ao tentar flexibilizar o uso de máscaras. Para a imensa maioria da população brasileira, que não pode se dar ao luxo do trabalho em casa e é obrigada a sair em busca do pão de cada dia, a máscara e o álcool em gel são as duas únicas medidas de proteção, enquanto não tem vacina para todos e, sabidamente, existe o risco de reinfecção.

Como fazer distanciamento social em ônibus, trens e metrôs lotados? Com o nível de contaminação no Brasil, falar contra o uso de máscaras é, praticamente, tentativa de homicídio. Bolsonaro se esmera em confundir e desinformar. Esse aspecto do descontrole da pandemia entre nós foi destacado pelo médico sanitarista Claudio Maierovitch e pela microbiologista Natalia Pasternak, em depoimento à CPI da Covid. Desinformação mata.

Ambos assinalaram que uma pandemia só pode ser controlada com grande esforço coletivo. Daí a necessidade de campanhas permanentes de informação e esclarecimento. Bolsonaro faz o contrário. Estimula a população a ser agente de propagação da doença.

Bolsonaro é a crise sanitária. Cada vez que abre a boca, alastra a praga, pulveriza nuvens de pestilência, espalha veneno. É como um experimento altamente tóxico que escapou aos controles do laboratório. Mas, no comando do genocídio, ele não está sozinho. Tem o inacreditável suporte do Conselho Federal de Medicina, que deveria estar na vanguarda da defesa da ciência e da população, mas que advoga uma genérica “autonomia médica”. Lava as mãos covardemente. Vai ficar por isso mesmo?

Quem ganhou dinheiro com a falcatrua do “tratamento precoce” também é cúmplice da carnificina. Essa é uma linha de investigação a ser aprofundada pela CPI. Bolsonaro tudo faz para derrubar o nosso sistema imune, em múltiplos sentidos. O risco que corremos é o de uma septicemia”, pontua Cristina Serra.

OMS e especialistas criticam proposta de Bolsonaro

A OMS e infectologistas ressaltam que, ao contrário do que afirmou o presidente, além do risco de reinfecção, pessoas imunizadas ainda podem contrair formas leves da doença e transmitir o coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro surpreendeu o país na quinta-feira ao anunciar que solicitou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um parecer para “desobrigar” o uso de máscaras por pessoas vacinadas contra a covid-19 ou que já tenham contraído a doença.

Retomou a afirmação a jornalistas, mas dizendo que a decisão caberá apenas ao próprio Queiroga —que depôs pela segunda vez na terça-feira na CPI da Pandemia— e que poderia ser aplicada ou não por governadores e prefeitos, diz o El País em enredo semelhante ou igual ao relato de outros jornais brasileiros. “Ontem pedi para o ministro da Saúde fazer um estudo sobre máscara. Quem já foi infectado e quem tomou a vacina não precisa usar máscara. Mas quem vai decidir é ele, vai dar um parecer”, afirmou o presidente. 

A afirmação de Bolsonaro, entretanto, não tem base científica. Infectologistas e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmam que o uso de máscaras é essencial no controle da pandemia, especialmente em cenários como o do Brasil, que soma mais de 482.000 mortos pela doença, onde a cobertura vacinal ainda é baixa.


Siga no Telegram

Comente

1 comentário em “Bolsonaro “cada vez que abre a boca, alastra a praga e espalha veneno”, diz jornalista”

  1. Ana Luzia Pinto e Reis

    Bolsonaro ė o típico ” boca porca”!!!! Acho que foi daqueles filhos que não teve limite dado pelos pais. É mal educado,agressivo, sem cultura e sem noção. Acha que a vida se reduz ao universo limitado dele. Nós temos que nos livrar desse doente para o Brasil poder respirar. Estamos asfixiado.

Comente

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Descubra mais sobre

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading