No detalhe, Luiz Renato Durski Junior, fundador e presidente do Grupo Madero / Ao fundo, a fachada de uma das filiais da rede de restaurantes | Divulgação/MADERO
Luiz Renato Durski diz que a Pandemia causou prejuízo aos negócios, mas no Nordeste, “onde Lula é mais forte“, especialmente na “Bahia foi o maior ganho dele e o maior nosso”
À frente do Grupo Madero, Luiz Renato Durski Junior, mais conhecido como chef Junior Durski, diz que tem endividamento quase bilionário. Em 2020, no auge da Covid, foi particularmente criticado após se queixar da quarentena dizendo que o país não podia parar por “cinco ou sete mil mortes”.
A repercussão provocou dano de imagem e, apesar dele minimizar, afirma que não repetiria uma declaração desse tipo. Seguiria a recomendação do avô, que o ensinava que quem é do comércio não tem candidato, deixando implícito que não apoiaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e frisa: “Eu não faria de novo“.
O empresário disse, também sem citar nominalmente um nome, que torce para o sucesso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “A torcida é muito grande para que tudo dê certo”, afirmou, conforme entrevista ao jornal ‘O Globo‘, deste domingo (4/6). Durski mostra o otimismo:
“Este ano, vamos abrir três a quatro operações. E, provavelmente, no ano que vem também. Tivemos os planos frustrados, um IPO precificado, com data marcada para maio de 2020 na Nasdaq, nos EUA. Depois, não abriu a janela mais. Acabamos registrando a companhia na B3, mas não fizemos o IPO. Temos uma dívida considerável, muito bem equalizada. Vamos tocar cada vez melhor a empresa e, quando tiver uma janela de IPO, a gente vai“, afirma Durski.
Perguntado sobre ter sido alvo da ira de consumidores em 2020, no auge da pandemia de Covid, quando se posicionou contra o fechamento do comércio, Durski respondeu que, na ocasião e diferentemente da realidade hoje, o Madero tinha “um caixa muito forte” e que, “no primeiro momento” após a repercussão de seu posicionamento, ele se lembrou do avô, “que tinha o açougue na fazenda e mercadinho, e dizia: ‘Junior, quem abriu comércio não tem candidato, não tem político. Não pode tomar partido muito fácil porque para o negócio não é bom‘”.
Durski argumentou sobre a queda do público de suas lojas em todo o País, mas observou que no Nordeste aconteceu o contrário: “Se era para ter vendas nas mesmas lojas com um efeito porque era mais Lula ou Bolsonaro, então aonde o Lula é mais forte deveria ter caído, mas a Bahia foi o maior (ganho) dele e o maior nosso“.
“A torcida é muito grande para que tudo dê muito certo“, disse sobre o Governo Lula. “E naquilo que a gente puder ajudar é o que tem de acontecer. O Brasil é um país maravilhoso, forte, com um povo muito trabalhador, uma potência mundial em trabalho, em território, que é abençoado. Já passamos por tanto. Está difícil, mas nunca foi fácil“.
…enfim, os brasileiros, estão enxergando e reconhecendo a qualidade do Governo Lula.