Cada vez mais percebemos, que há uma série de vantagens para o uso das proteínas vegetais. Vejamos:
1. – A primeira vantagem é reconhecer, que o excesso de proteína é insalubre. O menor consumo de proteína existente na dieta vegetariana pode ser benéfica, pois um excesso de proteína-animal, especialmente rica em enxofre dos aminoácidos, pode causar perdas desnecessárias de cálcio através da urina. Como é óbvio, isso pode aumentar o risco de osteoporose. Para além disso, o excesso de proteínas animais pode dificultar a função renal nos indivíduos com doença renal prévia. Também, o uso de proteína animal (geralmente com o seu conteúdo elevado de gordura saturada e colesterol), aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
2. – A segunda vantagem é entender, que a utilização de proteínas vegetais é boa para o ambiente. Entender, que os métodos actuais de produção de carne prejudicam altamente o meio-ambiente. O elevado pastoreio bovino pode produzir erosão dos solos, enquanto o armazenamento do gado de engorda nas fazenda e granjas faz conter resíduos fecais que contaminam seriamente o abastecimento de água do subsolo. Por outro lado, os grãos e as leguminosas da alimentação dos animais na produção de carne bovina, suína, e outras fontes de proteína animal, envolvem perdas consideráveis de proteína e energia. Por exemplo, apenas quatro por cento das calorias consumidas por bovinos de corte são devolvidas ao sector da carne, enquanto quinze por cento da energia consumida pelo gado leiteiro aparece no leite que produzem. Uma dieta baseada em vegetais, com ênfase nos grãos integrais e legumes, preserva a terra, a água e os recursos energéticos.
3. – A terceira vantagem é verificar, que as plantas são uma fonte segura de proteína. A carne in natura, frango, porco, peixe e, outros alimentos de origem animal, são altamente perecíveis, enquanto os grãos e legumes podem ser armazenados e transportados facilmente com muito pouco desperdício. É obrigatório saber-se, que o risco de contaminação bacteriana e de intoxicações alimentares com alimentos de origem animal é vária ordem superior aos de origem vegetal. Todos os anos centenas de americanos adoecem e morrem por causa de produtos de origem animal contaminados com Salmonella E, Coli, Campylobacter, Listeria monocytogenes, e outros organismos patogénicos. Para além disso, e nalgumas partes do mundo, a doença da “vaca louca” é uma preocupação, pois o medo de contrair a “encefalopatia espongiforme bovina” (BSE), que é uma doença neurodegenerativa fatal, leva muita gente a escolher uma dieta baseada em vegetais.
4. – A quarta vantagem é aceitar, que as proteínas vegetais são muito mais económicas do que a carne. Feijão, tofu, sopa de lentilha são consideravelmente mais baratos do que um bife. A ter em conta, que nos Estados Unidos os custos médicos directos atribuíveis ao consumo de carne é estimado entre $ 30 e $ 60 US bilhões de dólares anualmente. Esses são os custos mais elevados com a saúde, resultantes do aumento da prevalência de hipertensão arterial, doenças cardíacas, cancro, diabetes, obesidade e doenças transmitidas por alimentos entre os que digerem a carne.
Uma opção saudável, e sem riscos, será aceitar uma dieta baseada em vegetais, que sejam capazes de satisfazer as necessidades de proteína nos indivíduos saudáveis, desde que a dieta escolhida contenha um nível adequado de calorias, e possa incluir também, uma variedade de grãos não-refinados, leguminosas e hortaliças variadas. Não esquecendo, que inquéritos dietéticos confirmam que as dietas vegetarianas contêm a quantidade e a qualidade da proteína necessária para termos uma saúde óptima. Na verdade, a proteína vegetal fornece um bónus adicional. Leguminosas e cereais integrais contêm uma variedade de substâncias (como fitoesteróis, gordura insaturada, fibras solúveis, isoflavonas, saponinas, ácido ferúlico, e outros polifenóis) que ajudam a diminuir o colesterol sanguíneo e os níveis de triglicéridos e, também, reduzir o risco de diabetes e vários tipos de cancro!