Político consciente

Merecimento: a boa razão para a promoção profissional.

DesembargadorNestes novos tempos, onde a hierarquia hereditária tomou conta dos gabinetes públicos, quase não conhecemos mais as histórias de sucesso epilogadas pelo sucesso emergente advindo do trabalho consciencioso e preciso de profissionais que honraram a bandeira que empunharam, representantes fiéis de suas Companhias, durante um bom período de tempo. Mas não é o caso do desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição, do Tribunal de Justiça de Goiás, que concedeu uma entrevista ao jornalista Cleomar Almeida, do jornal O Popular, explicando porque recusou os auxílios-moradia e livro – bem como o uso de carro oficial – que lhe são de direito:

“Se tenho moradia própria, qual a razão de receber? Nós já temos um salário razoável, o bastante para vivermos com dignidade. Também não seria justo adquirir livros com o dinheiro do poder público e, depois de aposentar, levar todos como se fossem propriedade privada. Está aí um motivo também de não comprar livros com verba do poder público. Quando assumi, quando fui promovido para o cargo de desembargador, fiz a renúncia do carro de representação, mas sem nenhuma crítica aos que usam isso. Sem nenhuma crítica. Não é nenhum desejo de ser moralista, apenas ser coerente com uma história de vida.”

O magistrado, que se diz contrário à politização do Judiciário, mora perto do trabalho e seu motorista trabalha na secretaria do gabinete. Veio de origem humilde, sendo filho de comerciante e dona de casa. Ingressou na magistratura em 1976 e chegou ao tribunal por merecimento.

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