Segundo o advogado, o ministro do STF “provou que não existem vestígios mínimos de comunismo no Brasil e que a desonestidade intelectual no trato do sentido mínimo das palavras faz o comunismo existir só no esgoto mental da direita inculta“
“A advocacia passou muita vergonha no STF ontem“, afirmou o advogado Luiz Carlos da Rocha sobre o julgamento, na Corte, dos réus que acabaram sendo condenados pelos crimes praticados no ‘8 de Janeiro‘. Rocha se referiu a pelo menos dois advogados de defesa dos criminosos.
O primeiro desafiou Alexandre de Moraes ao afirmar que ele passou de julgador para acusador, mas acabou levando, do ministro, uma resposta que viralizou em todas as mídias sobre política, bem como nas redes sociais, pois o magistrado o considerou “patético e medíocre” por “subir à tribuna da Corte” para “proferir discurso de ódio“, para “postar, depois, nas redes sociais“.
Outra chorou durante a defesa porque viu advogados serem “humilhados“, referindo-se às críticas de Moraes ao primeiro.
Ela também disse, envergonhando sua classe, que estava com “medo” pois as “sentenças estão prontas”, algo indizível no meio jurídico, ainda que ela estivesse certa: “Hoje, mais uma vez, confirmei e acredito que estejam mesmo”, disse, mostrando um alinhamento aos discursos do inelegível ex-presidente.
“Nesta sexta-feira (15/9), Luiz Carlos da Rocha compartilhou trecho da sessão do Supremo, ocorrida na quinta-feira (14/9), em que o ministro Luis Roberto Barroso, ao explicar o que é “comunismo“, “provou que não existem vestígios mínimos de comunismo no Brasil e que a desonestidade intelectual no trato do sentido mínimo das palavras faz o comunismo existir só no esgoto mental da direita inculta“.
O magistrado afirmou o seguinte:
“Comunismo é um modo de organização política e econômica fundado na propriedade coletiva dos meios de produção em uma economia planificada na abolição da propriedade privada e numa fase intermediária conhecida como ditadura do proletariado que antecede a abolição final do Estado”.
“Essa é a doutrina comunista baseada no pensamento de Karl Mark”.
“No Brasil vigora a livre iniciativa, a economia de mercado, a meticulosa proteção da propriedade privada na Constituição e no código civil, e não existe vestígio de ditadura do proletariado”.
“Não há vestígio de ditadura porque nós temos eleições livres e periódicas a cada dois anos no Brasil”.
“E o proletariado muito menos. Talvez a Faria Lima tenha mais influência do que evidentemente o proletariado de uma maneira geral“.
“Eu só faço essa observação porque a gente precisa restabelecer no Brasil, num processo importante de pacificação, o sentido mínimo das palavras. E enfrentar a incultura.
Veja a seguir:
A advocacia passou muita vergonha no STF ontem.
— Luiz Carlos da Rocha ADVOGADO (@rocha_lcr) September 15, 2023
Mas tirando a dúvida sobre a influência da Faria Lima na política e a definição resumida sofrível dos conceitos de Marx e Engels, Barroso, que se forjou na advocacia, provou que não existem vestígios mínimos de comunismo no Brasil e… https://t.co/FHYNXhhJ4L
