A ofensiva lançada nesta terça-feira (22/1) contra uma das milícias mais atuantes no Rio de Janeiro, o Escritório do Crime, lança luz sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista, Anderson Gomes. O duplo homicídio ocorreu em 14 de março de 2017. Ao deflagrarem a Operação Os Intocáveis, contra milicianos que atuam em Rio das Pedras, as autoridades do estado prenderam nesta terça cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime.
O jornal O Globo publicou um especial sobre a atuação dos integrantes do Escritório do Crime, milícia integrada por ex-policiais, e detalhou a conexão entre o bando e a morte de Marielle e Anderson.
Principal foco da operação, Rio das Pedras é a região de onde partiu o Cobalt prata, com placa clonada, usado na execução da vereadora e do motorista. A informação foi comprovada durante a apuração do duplo homicídio por imagens de câmaras de segurança de vias e comércios. De acordo com a reportagem, o Cobalt teria saído da localidade, passado pelo Quebra Mar, na Barra, antes de acessar a Estrada do Itanhangá e seguir pelo Alto da Boa Vista até a Tijuca.

Segundo a polícia, o celular “bucha” (registrado com o CPF de terceiros) usado por um dos suspeitos presos, que integra o Escritório do Crime, foi detectado no raio de abrangência de uma das antenas próximas ao local do homicídio, no bairro Estácio, zona oeste do Rio de Janeiro.
Também liga essa milícia à morte de Marielle e Anderson a munição usada no duplo assassinato, do tipo UZZ-18. De acordo com a reportagem, foi a mesma empregada em pelo menos outros três casos ligados aos matadores da organização criminosa.

Motivação
O Ministério Público encontrou “fortes indícios” de que a vereadora atravessou o caminho dos milicianos, o que teria resultado em sua morte. A questão fundiária na região de Rio das Pedras, incluindo o projeto de verticalização da comunidade, pode estar por trás do crime.
Segundo a reportagem, a pretexto de que alargaria ruas e acabaria com as enchentes na comunidade, a prefeitura do Rio de Janeiro cogitou autorizar construtoras a fazerem o saneamento básico do lugar em troca de erguerem prédios de até 12 andares na região. Haveria, inclusive, emissão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), o que permitiria o aumento do gabarito de construção.
Moradores da área afetada – que iria do Itanhangá até o início da Avenida Embaixador Abelardo Bueno, passando pelo Anil – se rebeleram contra o projeto e suas consequentes desapropriações. Assessores da vereadora Marielle Franco foram ao local apoiar a comunidade.
Ainda segundo O globo, a interferência teria causado prejuízos à milícia de Rio das Pedras e cercanias. A prefeitura acabou decidindo abandonar o projeto devido à pressão de parlamentares, principalmente da equipe da vereadora do PSol. Contudo, antes de o Poder Público desembarcar da iniciativa, milicianos já teriam investido pesado em empreendimentos, como condomínios de prédios e até shoppings, em regiões próximas que receberiam os desapropriados. Em retaliação, teria vindo a ordem para matar Marielle, e quem a acompanhava, no dia marcado para ela ser executada.
Curicica
Por fim, a reportagem informa que, apesar das prisões desta terça, a promotoria e a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) não descartam a hipótese de o crime ter contado com a participação do miliciano Orlando de Oliveira Araújo, o Orlando Curicica, e do vereador Marcello Siciliano.
De acordo com as investigações, diz o texto, o parlamentar ainda figura como suspeito de ser o mandante, e Curicica, por estar preso na época do crime, pode ter feito o contato com o Escritório do Crime para executar a vereadora. Marcello Siciliano nega envolvimento.
O jornal carioca levantou os crimes ligados, supostamente, à contravenção, e descobriu que, pelo menos 19 deles, ocorridos de 2004 – quando o contraventor Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, foi assassinado – para cá, não foram elucidados.
Et Urbs Magna via Metrópoles/O Globo
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