O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A deputada federal Luiza Erundina (PSOL)
Visita presidencial à parlamentar, em hospital de Brasília
07.5.2024 | Reprodução/Twitter/LulaOficial/Ricardo Stuckert
“Não há mais civilidade nas relações. Vivemos um clima de confronto permanente. Há uma tropa que intimida, ameaça, põe o celular na nossa cara. Está insuportável”, desabafou a psolista
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Com a redemocratização, Erundina ajudou a fundar o PT (Partido dos Trabalhadores), hoje a maior legenda de esquerda da América Latina. Depois, se elegeu vereadora, deputada estadual e prefeita. Em 1988, tornou-se a primeira mulher a conquistar a Prefeitura de São Paulo, a maior cidade do país.
Neste sábado, a mais idosa entre os 593 parlamentares em Brasília, e em seu sétimo mandato, Erundina completa 90 anos: “As coisas estão difíceis. Este é o pior Congresso que já peguei”, disse, segundo matéria de Bernardo Mello Franco, no Globo.
“Não há mais civilidade nas relações. Vivemos um clima de confronto permanente. Há uma tropa que intimida, ameaça, põe o celular na nossa cara. Está insuportável”, desabafou.
Segundo o texto, Erundina se disse preocupada com as revelações sobre a tentativa de golpe: “É um momento muito delicado, de risco de retrocesso”, avaliou ao considerar que a ameaça autoritária não foi debelada. “Vejo o prenúncio de situações imprevisíveis daqui para a frente”.
“Muitas lideranças foram para os gabinetes e se distanciaram da realidade dos trabalhadores na periferia”, disse ao site. “Luta política não é só correr atrás de voto. É ajudar a população a se organizar e buscar seus direitos.”
Erundina discursou por quase meia hora no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (27/11), quando rebateu acusações contra o deputado Glauber Braga (PSOL): “Nós só exercemos o mandato. O soberano é o povo, que lamentavelmente não sabe disso”, afirmou, tendo sido aplaudida de pé.
O colunista afirma que, no dia seguinte à defesa do colega, perguntou à Erundina como ela mantém o ânimo para enfrentar a rotina pesada de voos, reuniões e debates intermináveis, e a deputada respondeu que “os sonhos não envelhecem” e que “a idade não tem peso nenhum“. A paraibana acrescentou que sempre viveu e ainda vive “pelo compromisso com mudança. A esperança é revolucionária”.
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