Mas ala no PT prefere ver o Ministro concorrendo ao governo estadual ou ao Senado para “puxar votos” e tentar reverter a tendência de maioria de direita no parlamento
Brasília, 16 de dezembro 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou a aliados sua intenção de deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o final de fevereiro de 2026.
A movimentação, confirmada por fontes ligadas ao ministro e ao Palácio do Planalto, é uma peça-chave no tabuleiro das Eleições de 2026 e foca no fortalecimento da campanha de reeleição de Lula.
A notícia, inicialmente veiculada pela CNN Brasil indica que Haddad busca um papel de destaque na coordenação da campanha presidencial, principalmente na elaboração do programa de governo.
A saída deve ser um pouco antes de março, avalia a Folha de S.Paulo, em data para coincidir com a entrada em vigor da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma das principais bandeiras da gestão.
Um dos fatores que motivam a escolha do prazo é o desejo de Haddad de garantir a implementação efetiva da nova faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) antes de seu desligamento, um marco político de sua passagem pela Fazenda.
A sucessão no Ministério da Fazenda já está sendo desenhada. O nome sugerido por Haddad para assumir a pasta é o de seu atual secretário-executivo, Dario Durigan.
Apesar da manifesta intenção de Haddad de se dedicar à coordenação da campanha, lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) discordam e pressionam para que ele dispute um cargo eletivo.
Há uma forte ala no PT que prefere ver o ministro concorrendo ao governo estadual ou ao Senado por São Paulo, conforme a coluna de Mônica Bergamo.
Argumentam que a visibilidade e o capital político de Haddad seriam fundamentais para “puxar votos” e tentar reverter a tendência de maioria de direita no parlamento e garantir um bom desempenho do PT no estado considerado crucial para a reeleição de Lula.
O Histórico de Especulações e o Mercado
A possibilidade de Fernando Haddad deixar o governo não é nova, mas ganha contornos concretos agora. Desde o início de sua gestão, o ministro da Fazenda já enfrentou momentos de especulação, como o boato que circulou no mercado em fevereiro de 2025 sobre uma possível ida para a Casa Civil.
Embora na época os rumores tenham sido desmentidos, a atual confirmação gera incerteza. O diretor-gerente para as Américas do Eurasia Group, Christopher Garman, alertoum conforme o Correio Braziliense que a indefinição sobre o futuro ministro da Fazenda “vai gerar muita volatilidade no mercado”, especialmente em relação à política fiscal e à dívida pública.
Movimentações anteriores no governo federal, como a nomeação de Haddad para a Fazenda no início do mandato, ocorreram em um contexto de necessidade de figuras políticas fortes no time ministerial.
A saída antecipada do principal articulador da política econômica em um momento pré-eleitoral reforça o foco do governo na disputa de 2026.

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