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Nosso povo brasileiro; nós somos patéticos! – Por Jussara De Azeredo Sá

A composição circula livremente nas redes sociais, principalmente no WhatsApp. Recebi nesta data e repasso em forma de postagem, aqui, para a compreensão de nossos leitores. Leia abaixo:

Eu conversei com uma mulher, 27 anos, faxineira, que nunca ouviu falar de Chico Buarque; e com a dona de um salão de beleza, 37 anos, que pensava que ele já tinha morrido;

uma gerente de banco, 45 anos, que disse saber que Camões é português, mas não sabe quem é;

com um rapaz de 23 anos, desempregado, que não tem a menor ideia de onde fica Cannes;

com um motorista de aplicativo, de 40 anos, que pensa que Paulo Freire foi presidente do Brasil…

e que o prefeito de Porto Alegre ainda é o Fortunatti;

com uma florista de 60 anos que acha que Olavo de Carvalho é um general e Paulo Freire um deputado ou senador;

com uma moça, 20 anos, caixa de Super Mercado, que acha que Festival de Cannes pode ser um concurso de cachorros e Camões um rei português;

com um médico, 42 anos, que vive e trabalha em Porto Alegre e que não conhece o Teatro São Pedro, pois nunca pisou no centro da cidade;

com uma nutricionista, 26 anos, que não conhece o Teatro São Pedro porque não gosta de teatro;

com um estagiário de arquitetura, 22 anos, que acha que são quatro poderes no Brasil: planalto, assembléia, polícia e juiz;

com uma estudante de enfermagem, 34 anos, que nunca ouviu falar em estado democrático de direito, só de estado, e que no Brasil tem um monte;

com uma moça que trabalha de cuidadora de idosos, de 38 anos, que pensa que Albert Einsten é o nome do médico dono de um grande hospital em São Paulo;

com uma atendente de loja de roupas, 26 anos, que nunca ouviu falar de Olga Benário. A gerente da mesma loja, 32 anos, não tinha certeza, mas acha que ela foi mulher do Hitler;

com uma estudante que se prepara para o vestibular de medicina, 18 anos, que já ouviu falar em Cleber Mendonça e que acha que ele já foi prefeito, só não lembra onde;

com um dono de padaria, 41 anos, que me garantiu que na ditadura tinha mais segurança porque naquela época tinha pena de morte no Brasil e que nos EUA não tem violência porque tem pena de morte;

com um porteiro de prédio, 38 anos, que não sabe quem foi Janio Quadros, mas que acha que era um que tinha o apelido de Jango e que tentou dar um golpe no Getúlio;

com um aluno de cursinho, 19 anos, que quer ser fisioterapeuta e confunde constituição com instituição, e estado democrático de direito, com estado de sítio (!);

com um taxista, 58 anos, que me disse que Moro é o único deputado que não rouba;

com uma moça que se formou em radiologia e trabalha de caixa numa lotérica, 29 anos, que acha o Sergio Moro um gato e que até ela queria ser presa por ele. Sobre Camões, me perguntou se era um yotuber;

com um camelô, 29 anos, que não sabe o que é filosofia, mas se querem acabar é porque deve ser putaria;

e todos eles acham que excludente de ilicitude deve ser nome de medicamento.

A questão é: com quem a gente pensa que está falando?!

Nós somos patéticos!

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