Ícone do site

Bolsonaro cria o ‘Centro de Inteligência Nacional’ aos moldes do antigo SNI contra ‘ameaças à segurança do Estado’

Atividade do Serviço Nacional de Informações foi intensa durante a ditadura militar

Em ato constante em decreto publicado na sexta (31), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que há quatro meses se queixou de falta de informações, criou uma nova unidade da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), o CIN (Centro de Inteligência Nacional), aos moldes do antigo SNI (Serviço Nacional de Informações) que funcionou ativamente durante a ditadura com espionagem em esferas como a da política e de organizções da sociedade civil. A intenção do Governo é se defender de ‘ameaças à segurança do Estado’.

Com medidas que entram em vigor no próximo dia 17, o CIN realizará pesquisas, coletará dados, identificará ameaças criminosas e fará o planejamento e assessoramento de outros órgãos que se relacionam com as políticas de segurança pública com o fim de enfrentar “ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade”.

O ato assinado por Bolsonaro e pelo ministro Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) dá prazo de até 30 dias, a partir da entrada em vigor do decreto, para que a Abin defina os titulares dos novos cargos comissionados do CNI, de acordo com informação do jornalista Gustavo Maia no Globo, na noite desta segunda (03).

O extinto SNI foi criado em 1964 após o golpe militar e encerrou suas atividades após a eleição de Fernando Collor de Mello, que o substituiu pelo DI/SAE (Departamento de Inteligência da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Quando Itamar Franco assumiu, o DI/SAE se tornou a SSI (Subsecretaria de Inteligência. A Abin surgiu em 1999 no governo de FHC em operações de responsabilidade do SNI.

***

Comente
Sair da versão mobile